A Secretaria de Estado da Saúde realizou nesta semana, em Paranavaí, uma reunião técnica com profissionais da 14ª Regional de Saúde, Unidade de Regulação de Leitos de Maringá, secretários municipais de saúde e Ministério Público para discutir a situação dos leitos disponíveis para o SUS na região.
“Não há déficit de leitos. O que falta é qualificação dos serviços de saúde para que esses leitos existentes atendam as reais necessidades da população. Há muitos hospitais pequenos com capacidade para atender demandas de baixa complexidade”, explicou o superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde da Sesa, Paulo Almeida.

Com o programa HospSus, a intenção da Secretaria da Saúde é qualificar e ampliar o número de leitos de alta e média complexidade no Estado. A Santa Casa de Paranavaí, por exemplo, inaugurará na próxima semana mais 10 leitos de UTI com recursos do HospSus.

Além disso, o Governo do Estado está analisando a viabilidade de investir em hospitais de outros três municípios da região. “Colorado, Loanda e Terra Rica tem hospitais de pequeno porte que seriam importantes para o atendimento à urgência e emergência e a Rede Mãe Paranaense”, disse. Para isso, esses hospitais teriam que ter estrutura mais especializada ou se tornar Unidades de Pronto Atendimento 24h.

O superintendente visitou o Hospital Santa Casa de Paranavaí e a Unidade de Pronto Atendimento do município, e anunciou que ainda este ano o Estado implantará um novo sistema de regulação para organizar a rede assistencial em todo o Paraná. “Com o sistema poderemos ter controle dos leitos disponíveis em cada hospital de forma mais ágil e eficiente, pois as informações serão atualizadas em tempo real”, explicou.

Segundo a diretora da 14ª Regional de Saúde, Verônica Gardin, há casos de internamento que podem ser evitados com uma atenção básica bem estruturada. “O diagnóstico precoce na Unidade Básica de Saúde é essencial para diminuir os riscos de agravamento do quadro clínico do paciente”, afirmou.

A discussão em torno da situação dos leitos e da necessidade de fortalecer a atenção básica nos municípios também será levada à Comissão Intergestora Bipartite Regional. A CIB/Regional é um espaço de debate entre o governo estadual e os municipais para articular soluções para demandas locais.

Fonte: Sesa