A saúde suplementar tem problemas comuns a todos os segmentos. O envelhecimento, a judicialização, a incorporação tecnológica e o excesso regulatório foram apontados pelo presidente da Abramge, Reinaldo Scheibe; da UNIDAS, Aderval Paulo Filho; e pelo vice-presidente da Unimed do Brasil, Alberto Gugelmin Neto, como os principais itens.

O presidente da Abramge ressaltou que, segundo dados da ANS, a Saúde Suplementar foi responsável pela melhora de saúde do país, uma vez que investiu em inovação tecnológica, compras e programas de qualidade focados no paciente. Para ele, falta uma política de governo para a Saúde, para garantir desenvolvimento e estrutura para o setor.

O presidente da UNIDAS, por sua vez, destacou que é preciso ter uma visão futurista para o setor, levando em consideração o envelhecimento da população e das demandas epidemiológicas, para preparar-se para o futuro. Ele informou que, apenas na autogestão, 25% dos beneficiários já são idosos.

O vice-presidente da Unimed do Brasil disse que é preciso ter foco na qualidade assistencial, com valorização das equipes clínicas e apoio dos profissionais para combater o desperdício, adotando ações de Atenção Integral à Saúde, a fim de reduzir os custos.

Os representantes destacaram a necessidade de ter mais estabilidade regulatória, aperfeiçoamento do marco legal, mudança do modelo de reajuste e do modelo de remuneração e a eliminação do custo por meio de tabela. Eles também apontaram o custo crescente em saúde, principalmente como fruto do envelhecimento da população e o limite orçamentário das famílias e empresas, como desafio para a sustentabilidade do mercado.

Para gerir essas questões, é preciso combater o desperdício, unir os segmentos para ter estratégias de enfrentamento para as notícias que enfraquecem o setor, trazendo esclarecimentos de funcionamento e atuação, e discutir com o Legislativo os projetos de Lei que alteram a Saúde Suplementar.

Fonte: CMB/RSF