O tromboembolismo venoso (TEV) é uma das doenças mais comuns entre pacientes hospitalizados. A doença ocorre principalmente em pessoas que permanecem por  muito tempo internadas, estão em recuperação de uma cirurgia ortopédica ou sofreram politraumatismos. Para discutir e prevenir a  doença, o Hospital Nossa Senhora das Graças promove, de 5 a 9 de março, a Semana de Prevenção do tromboembolismo venoso (TEV). A proposta é a conscientização da equipe multidisciplinar do HNSG  (médicos, enfermeiros e fisioterapeutas) sobre a  importância da atenção no momento de avaliação de risco dos pacientes que estão internados e a fiscalização adequada para evitar a trombose venosa.

O TEV é caracterizado pela formação de coágulos de sangue em uma veia profunda,  principalmente nas pernas. Esses coágulos ao se desprenderem podem entupir   veias, artérias e outros vasos do corpo, causando infarto do miocárdio,  acidente vascular cerebral (AVC) e até mesmo a morte.  “Quando um coágulo obstrui artérias importantes do organismo, causando o tromboembolismo pulmonar, o paciente pode morrer”, enfatiza a infectologista e chefe do Serviço de Segurança Assistencial ao Paciente do Hospital Nossa  Senhora das Graças, Viviane Hessel Dias.

Durante a Semana de Prevenção será lançado o programa “TEV Safety              Zone” (zonas livres de TEV) do Laboratório Sanofi, que já implantou em 80              hospitais do país desde 2007. O HNSG fará parte do programa que visa melhorar              os índices de redução do risco de tromboembolismo venoso no ambiente              hospitalar.

Durante a semana serão realizadas palestras ministradas pela enfermeira da              Universidade Federal de Alfenas, Ludmila Brunório, que é especialista em              Cardiologia pelo InCor- HCFMUSP. A enfermeira orientará sobre a Prevenção do              Tromboembolismo Venoso em pacientes clínicos e cirúrgicos. Entre os temas              abordados estarão: tromboembolismo venoso, condutas padronizadas para o              diagnóstico precoce da doença e formas de orientação para avaliação de risco de              pacientes clínicos e cirúrgicos. “Intensificando uma rotina podemos garantir excelência no atendimento aos pacientes e  reforçar a importância do treinamento contínuo”, garante Dra. Viviane.

Incluir medidas de prevenção na rotina do paciente é fundamental. A equipe de              médicos e enfermeiros deve avaliar: o risco para trombose do paciente, seguir a              prescrição do medicamento profilático indicado ou então, a prescrição de              tratamento se a doença já ocorreu. A equipe de  fisioterapeutas também tem papel              importante na orientação de exercícios específicos. “Os fisioterapeutas  são responsáveis pela mobilidade do paciente, a realização de exercícios e massagens, sempre que possível”, aponta a médica.

Tromboembolismo Venoso (TEV)

Estima-se que no Brasil, aproximadamente 170 mil pacientes apresentam o tromboembolismo  venoso (TEV), sendo que 40% das pessoas não sabem              identificar os sintomas. De acordo com a Dra. Viviane, os principais fatores de risco              para a doença sãopacientes hospitalizados com idade superior a 40 anos, tabaco, mulheres que usam anticoncepcionais e fumantes, obesos, diagnóstico de câncer, que possuam varizes nas pernas, pacientes no pós-operatório de cirurgias ortopédicas e              politraumatizados. “Os pacientes mais suscetíveis a doença são aqueles que sofrem com a mobilidade reduzida, passaram por uma cirurgia e ainda têm fatores de risco.”

Programa TEV Safety Zone

O Programa “TEV Safety Zone”, do laboratório Sanofi, tem como objetivo criar “zonas livres de TEV” em instituições  hospitalares.Implantado no Brasil em 2007, o “Safety Zone” já é realizado em cerca de 80 hospitais  do país.

O Programa de Educação Médica Continuada contempla palestras e treinamento de              equipe multidisciplinar dos hospitais, coordenadas por  especialistas em TEV,              durante as quais são discutidos dados epidemiológicos, casos clínicos e cirúrgicos, cuidados pré-operatórios, prevenção do TEV, entre outros temas.

A implantação do Programa “Safety Zone” contribui para melhorar os índices de redução do risco de tromboembolismo venoso  no ambiente hospitalar.