A terceira palestra do IV Seminário Femipa, que aborda as negociações coletivas de trabalho começou com a contribuição do assessor jurídico da Fehospar /Sindipar, Bruno Milano Centa. Após traçar um cenário sobre a realidade dos sindicatos no Paraná, sobretudo em Curitiba, o assessor relembrou a greve geral que aconteceu na capital, com duração de quase uma semana, que precisou da mediação do Ministério Público do Trabalho e de audiência de conciliação no Tribunal para chegar a um acordo entre as partes.

“Essa greve deixa evidente que o sindicato dos trabalhadores está fortalecido e que o sindicato patronal precisa de mais organização e comprometimento para que esse tipo de coisa não volte a acontecer da forma como foi”, opina Milano. “O sindicato é um representante e precisa do endosso para se fortalecer e agir com propriedade”, diz. Antes de passar a palavra, deixa um alerta. “Todos que administram hospitais devem se engajar com o sindicato e evitar que isso aconteça”, reforça.

A segunda parte da palestra foi ministrada pelo Superintendente da Santa Casa de Maringá, José Pereira, que voltou a temática para o interior, onde as negociações são diferentes de Curitiba, que já obteve mais conquistas para a categoria. Pereira estabeleceu três etapas a serem cumpridas para tornar a representação do sindicato mais efetiva. São elas Estruturação do Sindicato Patronal, Organização e Objetividade e Negociações Coletivas com as Categorias. “Em Maringá conseguimos obter avanços, como sede fixa, funcionários e mais organização, é o primeiro passo para conferir seriedade ao sindicato e obter a confiança dos hospitais”, declara.