A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reuniu operadoras de todo o Brasil no Seminário para Construção de Modelos Assistenciais – Oficinas de Promoção de Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, Envelhecimento Ativo e Diretrizes Clínicas, realizado no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro, em 17 de novembro. O evento teve a participação de mais de 300 profissionais na discussão do desenvolvimento de programas voltados para promoção e prevenção.

De acordo com Maurício Ceschin, diretor-presidente da ANS, que participou da abertura, o desafio é a construção de uma nova lógica, onde a atenção à saúde faça parte do objetivo de cada um. Para isso, a Agência tem trabalhado, através de ações indutoras, na mudança de conceitos e comportamentos.

Segundo Neusa Pellizzer, da Associação Beneficente dos Empregados em Telecomunicações (ABET), as empresas contratantes de planos coletivos empresarias têm valorizado as operadoras que oferecem  programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças , reconhecendo que estes podem contribuir para a redução do absenteísmo.

A partir das profundas transformações no perfil da população brasileira, a discussão dos modelos assistenciais ganha ainda mais relevância, conforme o dito por Renato Tasca, da Organização Pan Americana de Saúde – OPAS e ratificado pela gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS, Martha Oliveira.

Segundo Martha, entre essas transformações, o envelhecimento da população brasileira, com o aumento do número de idosos, é um dos fatores mais impactantes nos modelos de atenção à saúde, acarretando o aumento da incidência de doenças crônicas, principalmente se ligadas ao tabagismo, obesidade, diabetes e sedentarismo.

Outro tema debatido no seminário foi o projeto de Diretrizes Clínicas, uma parceria da ANS e a Associação Médica Brasileira (AMB), que tem por objetivo qualificar a assistência prestada na saúde suplementar, fornecendo um instrumento seguro para os profissionais de saúde embasarem suas decisões clínicas. Assim, uma das oficinas foi coordenada pela gerente de Assistência à Saúde, Karla Coelho, abordando os desafios e metodologias para a elaboração de diretrizes. A outra oficina, além de tratar de promoção de saúde e prevenção de riscos e doenças, também abordou a questão do envelhecimento ativo.

Além dos debates e palestras, foram lançadas, durante o evento, uma série de publicações (veja no quadro abaixo), bem como um novo modelo de consulta, no site da ANS, ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que refinou as buscas e facilitou o entendimento dos termos técnicos.