Trinta por cento. Esta foi a redução no índice da taxa de infecção hospitalar na UTI Geral (incluindo a UTI Cardíaca) no Hospital São Vicente, de Curitiba. “Temos, hoje, taxas que são a metade das registradas em outras UTIs de hospitais de Curitiba com as mesmas características que a nossa”, diz o dr. Luciano Machado, chefe das UTIs do São Vicente. A redução, segundo dados do Serviço de Controle de Infecção Hospital (SCIH) do São Vicente, foi de uma média de 9,94% nos primeiros nove meses de 2010 para 6,92% no mesmo período de 2011.

Luciano acredita que este resultado se deve, numa de suas pontas, por ser o São Vicente ser um hospital acreditado e que troca informações com outras unidades hospitalares. “Na realidade – informa o médico – desde 2007 estamos trabalhando para reduzir a infecção hospitalar nas UTIs e, principalmente, identificar precocemente sua ocorrência e agir imediatamente para combatê-la”. No início deste ano, em conjunto com o SCIH, o hospital começou um trabalho conjunto com uma equipe multidisciplinar com o objetivo de treinar e implementar protocolos. “Uma destas iniciativas foi a determinação de um política de higiene das mãos, inclusive com monitoramento da equipe através de câmaras de tv”, fala Luciano. O Serviço faz duas visitas diárias à UTI.

Com quase oitenta funcionários e dezessete médicos as UTIs do Hospital São Vicente registram pouquíssimos casos de infecção urinária por cateter em seus 24 leitos, sendo frequente meses com taxa zero. Em relação ao ano passado se reduziu em 2/3 a infecção mais recorrente em UTIs, a de pneumonia relacionada a ventilação mecânica. Luciano destaca que a conscientização de fisioterapeutas e da equipe de enfermagem no cuidado no preparo dos pacientes que dão entrada na Unidade ajuda a não proliferar a infecção neste ambiente. O Hospital São Vicente conta, ainda, com uma UTI Cirúrgica (oito leitos) que também apresenta uma taxa de infecção bem abaixo da recomendada: 5,23% de janeiro a setembro de 2011.

Fonte: Post Comunicação