26.05Um novo capítulo entra para a história da Santa Casa de Maringá. E trata-se de um capítulo muito positivo e que significa avanço em favor da vida; da comunidade: no mês de maio foi realizado o primeiro transplante de córneas do hospital. Este novo passo se concretiza logo após a conquista da Acreditação Hospitalar, oficializada no início do ano.

Como parte do plano estratégico, elaborado em 2012, a implementação deste serviço já era sonhado. Diversos procedimentos considerados como de alta complexidade já são realizados, e agora mais este integra o que a Instituição dispõe, explica a Gerente Médica Técnica, Dra. Elisabete Kobayashi: “Nós definimos que a Santa Casa seria um hospital de referência para alta complexidade e dentro desses serviços complexos, os transplantes eram nossa meta. E com muito empenho e profissionalismo, estamos conseguindo”.

Para que um feito desse tamanho pudesse se concretizar, não poderia faltar conhecimento especializado, o que, diga-se de passagem, é encontrado no corpo clínico e equipe assistencial do hospital.

Para o oftalmologista Ricardo Eizi Tokunaga, que realizou o procedimento, esta conquista é muito importante. “A Santa Casa não poderia ficar pra trás. Tem tido grandes avanços e está cada vez melhor”, opina.

O médico destaca, ainda, a importância da equipe envolvida no processo. “O trabalho mais complexo é feito por diversas pessoas. São muitos os envolvidos e o mérito é de todos, desde a captação até o implante”, defende.

O principal ator deste capítulo, o paciente Adevaldo Lourenço de Oliveira, de 34 anos, residente em Maringá, teve nos dois olhos um problemas que aflige a muita gente: o ceratocone, doença caracterizada, entre outros sintomas, por um afinamento progressivo da porção central da córnea. À medida que a córnea vai se tornando afinada, o paciente percebe uma baixa da acuidade visual, a qual pode ser moderada ou severa, dependendo da quantidade do tecido corneano afetado.

Ele necessitou fazer transplante de córnea bilateral no passado, que não teve sucesso. Uma delas apresentou rejeição e, agora ele teve a chance de repetir o procedimento, após um bom tempo de espera na fila de transplantes.

Adevaldo conta que está se sentindo muito bem e que segue à risca as orientações do médico para uma boa recuperação. “A visão é muito importante. Tô seguindo as orientações do médico e já estou enxergando bem. Estou muito feliz”, declara.

Ele demonstra também grande gratidão para com a família do doador, apesar de não conhecê-la. E vê nesse gesto uma grande ação de amor. “Sinto muita gratidão e esse gesto serve de exemplo também para minha família. Nos tornamos doadores”, conta Adevaldo, que incentiva o ato de doar.

Transplantado, agora ela passa por um processo de adaptação, que normalmente leva em torno de três meses, segundo Dr. Ricardo. A córnea é o tecido com menor índice de rejeição: ocorre em cerca de 10% dos casos.

A Santa Casa de Maringa está apta para realizar estes procedimentos complexos, devido à sua estrutura, equipamentos de ponta e pessoal altamente capacitado. A tendência será sempre aumentar o rol de procedimentos que possa fazer, no âmbito da alta complexidade.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Santa Casa de Maringá