A variante brasileira do coronavírus, denominada de P.1, predomina os casos de Covid-19 registrados, conforme levantamentos realizados nos estados de São Paulo e do Paraná. A variante brasileira, identificada primeiramente no Amazonas, no final do ano passado, é considerada uma variante de atenção, em função da possibilidade de maior transmissibilidade. Também há indicativo de que ela possa causar um quadro mais grave de Covid-19.

Um estudo do Instituto Adolfo Lutz mostrou que a variante brasileira corresponde a 90% dos casos analisados de Covid-19 no estado de São Paulo. A pesquisa foi concluída em 27 de abril, com 1.439 sequenciamentos genéticos. Houve uma evolução na proporção da presença da variante brasileira entre todos os casos: em janeiro, era de 20%; fevereiro, 40%; março, 80%; e abril, 90%.

No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) o resultado do sequenciamento genômico de mais 23 amostras do coronavírus. As análises são realizadas com o objetivo de monitorar, reconhecer e definir os grupos genéticos virais que estão circulando nas regiões. O resultado foi apresentado no dia 23 de abril.

Das 23 amostras, 19 tiveram resultado genômico para a variante P.1 (brasileira). Até o momento temos 322 amostras sequenciadas sendo que para as variantes de atenção, 99 apresentam resultado para P.1 (brasileira), considerada dominante no estado; outros 5 resultados foram da B.1.1.7 (Reino Unido), além de dois casos confirmados de reinfecção, uma já divulgado das linhagens B.1.1.28 e P.2 e um novo caso de reinfecção que teve uma amostra identificada com a linhagem B.1.1.28 e a segunda amostra da variante P.1.

* Com informações do portal UOL e da Sesa

Fonte: Saúde Debate