A velocidade com que as pessoas precisam de internamento para tratar os sintomas da Covid-19, em Curitiba, foi um dos principais fatores para que fosse adotada a bandeira vermelha na capital paranaense como uma tentativa de frear a transmissão do vírus.

A informação foi dada pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS), na manhã deste sábado (13), durante uma entrevista coletiva virtual para falar sobre o panorama da doença na cidade e as medidas que foram adotadas.

De acordo com a pasta, enquanto, nos últimos meses, os internamentos aconteciam entre uma ou duas semanas após o aparecimento dos sintomas, agora, os pacientes diagnosticados com a doença são internados em dois ou três dias.

Segundo a superintendente de Gestão da SMS, Flávia Quadros, o volume de internamentos e a velocidade com que a doença está avançando é muito maior do que a criação de leitos de UTI e enfermaria no Sistema Único de Saúde (SUS) para os pacientes.

Para Flaviano Ventorim, presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná, a situação dos hospitais privados, filantrópicos e não filantrópicos não é diferente.

Conforme Ventorim, a demanda dos pacientes procurando os hospitais é muito alta e o perfil dos internados mudou e, com isso, o tempo de necessidade de internamento aumentou.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa), até esta sexta-feira (12), a taxa de ocupação dos leitos de UTI SUS Adulto exclusivos para Covid-19, em Curitiba, estava em 95%.

Dos nove hospitais com leitos disponibilizados, em seis, não há mais vagas para atendimento de pacientes diagnosticados ou suspeitos de infecção pela Covid-19.

Fonte: William Bittar - CBN Curitiba