A inovação tecnológica é encarada, por vezes, como uma vilã para os custos da Saúde Suplementar. Contudo, uma gestão aprimorada da tecnologia pode garantir o aumento da qualidade e redução dos desperdícios. Em entrevista à CMB/RSF, a diretora Executiva da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Martha Oliveira, afirmou que a tecnologia traz um custo agregado à medicina, sim, mas o impacto é menor se a inovação é utilizada corretamente. “Se a instituição souber usar a tecnologia da maneira correta, vai extrair o melhor dela. Do contrário, haverá desperdício e queda de eficiência. É importante atrelar a tecnologia ao que ela realmente precisa fazer”, afirmou. Martha Oliveira será palestrante do XIII Congresso Nacional das Operadoras Filantrópicas de Planos de Saúde, no dia 25 de julho, às 10h, no painel “Inovação e Novas Tecnologias na Saúde Suplementar”. Ela dividirá a mesa com o diretor Executivo da Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde), José Cechin.

A diretora reforçou que a inovação tecnológica é sempre importante, mas é preciso saber utilizá-la. Dessa forma, o impacto será positivo. Mesmo assim, ela concordou que nem todas as tecnologias precisam ser incorporadas imediatamente à Saúde. “Já existem técnicas para a análise de novas tecnologias, lembrando que nem todas elas são caras ou grandes como uma ressonância magnética, por exemplo. Outras são mais “leves”, como softwares, que podem ser bastante disruptivos. Essa análise precisa ser cada vez mais aprimorada considerando a realidade do nosso mercado”, disse.

De acordo com ela, é preciso estudar o tema e avaliar a necessidade, eficácia e necessidade da incorporação tecnológica. Ela explicou que nos hospitais da Anahp existem grupos estudando a avaliação de incorporação tecnológica. “O mais importante é saber que cada tecnologia tem seu melhor uso de acordo com cada protocolo, mas se usar para finalidades que não são corretas, haverá desperdício e queda de eficiência”, afirmou.

A preocupação com a redução dos custos, por sua vez, deve envolver toda a cadeia produtiva. Na Saúde Suplementar há várias formas de reduzir os gastos, tendo a qualidade como pilar e prezando pela utilização de protocolos e pela análise dos desfechos. “O objetivo é reunir todos os elos e instâncias da cadeia de saúde, buscando formas de colaborar e aumentar a eficiência no setor. Reduzir desperdícios é um dos resultados dessa busca pela eficiência. Todos os players precisam estar envolvidos, incluindo médicos, pois a melhoria do nosso sistema de saúde exige o engajamento de todos”, enfatizou.

Nesse sentido, o compliance aplicado à Saúde também é uma ferramenta importante. “É muito importante que todos tenham suas regras e comitês de compliance. Isso é irreversível. E compliance não só racionaliza os custos, como também traz mais segurança para o paciente ao agregar processos corretos, melhores desfechos e resultados para as instituições de saúde. Ganham as instituições, e ganha também o paciente”, concluiu.

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Fonte: Rede Saúde Filantrópica