A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta segunda-feira (25) um novo boletim informativo da gripe A (H1N1-2009) no Paraná. Neste ano, 180 casos de Influenza H1N1 (2009) foram diagnosticados no Estado, sendo que 13 pessoas tiveram complicações e morreram. Os dados são da Sala de Situação da Gripe que monitora e investiga todos os casos suspeitos da doença no Paraná.
As mortes foram registradas a partir de março nos municípios de São José dos Pinhais (3), Curitiba (2), Ponta Grossa (1), São Mateus do Sul (1), Astorga (1), Apucarana (1), Cornélio Procópio (1), Tibagi (1), Capitão Leônidas Marques (1) e Siqueira Campos (1). Em junho foram onze óbitos.

No dia 15 de Junho, o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, determinou a descentralização do medicamento Oseltamivir para abastecer municípios e hospitais privados que atendem a demanda de urgência e emergência no Paraná. A medida coloca a disposição da população 200 mil tratamentos contra a gripe, o que corresponde a dois milhões de cápsulas do Oseltamivir.

“Para evitar a doença devemos manter hábitos saudáveis, como higienizar as mãos e deixar os ambientes arejados. Contudo, quando a pessoa já está infectada o diagnóstico e tratamento precoce é essencial para evitar que novas mortes ocorram”, disse Caputo Neto. “Por isso, ao apresentar qualquer sintoma de gripe vá a uma unidade básica de saúde ou consulte seu médico”, completou.

O secretário tem mantido contato permanente com o Ministério da Saúde e com o Ministério Público Estadual, tendo conversado com o procurador Marco Antonio Teixeira para informar sobre as ações que o governo do Estado vem adotando no enfrentamento da doença.

A Secretaria da Saúde orienta que todos os médicos prescrevam imediatamente o antiviral Oseltamivir ao suspeitar de qualquer caso de síndrome gripal, independente de confirmação laboratorial. O medicamento é eficaz e indicado para o tratamento de todos os tipos do vírus Influenza.

Segundo a coordenadora da Sala de Situação, Ângela Maron, o aumento significativo no número de óbitos pode estar associado ao diagnóstico tardio da doença. “Realizamos na semana passada uma videoconferência com as regionais de saúde para reforçar a necessidade de uma maior atenção das equipes municipais em relação a gripe”, explicou.

Exames – Com o fim da pandemia em agosto de 2010, a gripe deixou de ser uma doença de notificação obrigatória. O monitoramento é feito a partir de exames laboratoriais de pacientes que apresentam síndromes gripais ou síndromes respiratórias agudas graves. O objetivo é ter índices de amostragem da população e identificar os vírus respiratórios que mais circulam no Estado, visando a indicação de tratamento adequado.

O Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) está trabalhando em caráter de plantão para processar todos os exames. De acordo com a diretora do Lacen -PR, Célia Fagundes, após a chegada do material biológico, o resultado final do exame sai em um prazo máximo de 72 horas. “Estamos analisando cerca de 100 amostras todos os dias, inclusive nos finais de semana”, afirmou.

Comitê – A Secretaria da Saúde formará um comitê intersetorial permanente para discutir assuntos de interesse à infectologia. O grupo também será responsável por propor outras medidas que podem ser adotadas para o enfrentamento da gripe no Estado. O comitê contará com a participação de entidades médicas na área de infectologia, representantes de hospitais, secretarias municipais de saúde e outros órgãos governamentais.

Fonte: Sesa