O “novo jornalismo”, na verdade, dispensa o adjetivo, pois a profissão e a maneira correta de se praticar o Jornalismo ainda são as mesmas, apesar da evolução dos últimos anos. Foi assim que o sócio-proprietário da Central Press, Claudio Stringari, trouxe o tema “O novo jornalismo e as oportunidades para assessores – como a mudança no jornalismo afeta o relacionamento com a imprensa”. Com quase 30 anos de experiência no mercado, ele fez questão de apontar a importância da colaboração e do relacionamento entre assessores e jornalistas, ainda mais com os veículos cada vez mais enxutos. Também reforçou a necessidade do estudo e atualização constante de Inteligência Artificial e novas tecnologias, sem abrir mão de ferramentas e ações que sempre funcionaram, como as visitas às redações, o que ele considera um diferencial em tempos de eventos e reuniões on-line, igualmente estratégicos.

“Voltar às origens gera oportunidades. Fazer um press kit ou algo diferente. Aquele jornalista que só recebe o e-mail e WhatsApp, de repente para e vê um presente que o assessor mandou. Acho que é uma forma de gerar uma experiência. Vai lá, toma um café com a pessoa. Assinm, você deixa de ser um número de WhatsApp, um endereço de e-mail”, descreveu. “Conhecer os jornalistas e entender o desafio deles, porque quem tiver o melhor relacionamento vai ter mais reflexão. É por isso que o relacionamento acaba pesando mais que a pauta”, defendeu.

Outra estratégia prática é mandar um material mais condizente com o que as redações e os profissionais demandam. Texto mais enxuto, adequado ao perfil daquele veículo, fotos em alta resolução, legenda de crédito, fontes disponíveis pelo WhatsApp. “Quando produzir um release, já faz algumas perguntas para a sua fonte responder, deixa o áudio preparado. Entra em contato com a rádio e fala que, se o jornalista achar a pauta legal, pode marcar entrevista, mas, se não, você, assessor, já tem os áudios. É um conteúdo bacana e já está mais fácil, é só editar e subir”, recomenda. “Outra facilidade é o uso da plataforma Sem Rush, que mede a quantidade de acesso aos veículos de comunicação. Nela, a gente consegue várias métricas e usa para entregar para o cliente o que a gente chama de impacto”, sugeriu.

Conteúdo para diversos canais

O gerente digital da Central Press, Rodrigo Sigmura, também contribuiu para o debate e apresentou o tema “Produção de conteúdo para diversos canais – adaptando a mensagem para diferentes plataformas”. De forma bastante didática e acessível a todos, ele mostrou como é possível fazer uso das redes sociais de forma estratégica e com linguagens diferentes para as especificidades de cada rede. “Não dá para usar o mesmo texto para o Instagram, Facebook etc”, garantiu.

Além disso, ele sugeriu que os profissionais sejam usuários ativos das redes, tecnologias e IA, por conta das demandas de comunicação, para saberem com que ferramentas estão lidando.

 

 

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Magaléa Mazziotti