O tema da segunda palestra da quarta-feira (29) da sala temática de Gestão da Infraestrutura e Logística Hospitalar do 15º Seminário Femipa foi “ESG – sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança corporativa para a redução do impacto ambiental”.

A palestra foi realizada pelo diretor do ISAE/FGV Norman Arruda Neto, que iniciou com um questionamento sobre como é possível aplicar o ESG nos hospitais frente às demandas da sociedade, que solicita informações sobre a sustentabilidade nas organizações. Nessa linha, reforçou a importância do olhar para a Governança Corporativa e a Integridade. “A missão e visão da empresa não podem ser apenas um adereço de parede. Devemos sempre considerar que sua efetividade acontece por meio as pessoas, ou seja, precisa estar na cultura para levar para fora e, por isso, é preciso pensar a governança”, observou Neto.

Para um pontapé nas organizações que estão buscando caminhos sustentáveis, o investimento em compliance foi apontado como sugestão. Afinal, o passo básico é estabelecer e seguir as regras e normas, sendo que o primeiro pilar é trabalhar com a prevenção, por meio de treinamentos das equipes; em segundo ponto, realizar a detecção de problemas; e o terceiro passa a ser a garantia de resposta na gestão de crises e situações complexas, alinhada às estratégias da organização, devendo ocorrer da forma mais ágil possível.

Além disso, ao longo da apresentação, o palestrante reforçou a necessidade do viés sustentável em ações imediatas. Assim, sugeriu a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da Organização das Nações Unidas (ODS) como diferencial competitivo, podendo ser adicionados às políticas das organizações como prática realizável.

Considerando a área de atuação dos hospitais, o palestrante apontou alguns dos ODS’s que podem ser incorporados. Entre eles, o ODS 3 – Saúde e bem-estar, focado em assegurar uma vida saudável e a promoção do bem-estar para todos, em todas as idades. Isso envolve temas da mortalidade infantil e idosos, por exemplo. Seguiu com o ODS 13 – Ação climática, que aponta a necessidade de medidas urgentes para combater as questões do clima, avaliando que as consequências impactam diretamente o sistema de saúde. E encerrou trazendo o ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes, reforçando sua relevância com a meta de banir a corrupção e trazer transparência às empresas.

“Empresas e organizações que promovem ações em ESG são mais atrativas para investidores. Porém, há o greenwhassing, que significa falar uma coisa e fazer outra. Hoje, isso é fácil de ser identificado e toma proporções imensas. Então, é preciso prudência, lembrando que é melhor não falar e não fazer no lugar de abordar qualquer posicionamento de forma superficial”, orientou o diretor do ISAE/FGV.

As instituições comprometidas com a pauta ESG devem assumir o compromisso de apresentar relatórios públicos, com informações e prestação de contas das ações e projetos realizados, bem como, as questões administrativas, reforçando a questão da transparência.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Giórgia Gschwendtner