O atendimento personalizado foi o assunto da segunda palestra da sala de Gestão da Assistência e Segurança do Paciente neste dia 29, quarta-feira, no 15º Seminário FEMIPA. A palestra “Paciente Interno ou Externo: Como realizar atendimento personalizado e próximo, propiciando conforto e qualidade” foi ministrada em duas partes. A primeira foi apresentada pela doutora em Enfermagem e professora aposentada da USP Maria Júlia Paes da Silva, enquanto a segunda parte foi destacada pela gerente de Atenção à Saúde da Unimed, Ariane Villanova Almeida Gaio.

A professora Maria Júlia trouxe, em sua palestra, uma perspectiva de humanização que deve existir entre o profissional da saúde, qualquer que seja ele, e seus pacientes. “Cuidar da saúde vai muito além de saber dar diagnóstico. Nós escolhemos cuidar da vida. É por isso que tem todo sentido pensar em cuidado centrado em paciente, individualizando as questões”, aponta ela, que deixa claro que não quer dizer apenas casos raros, mas também considerando os gostos individuais de cada indivíduo atendido.

Trazendo bom humor em sua apresentação, Maria Júlia falou de questões sérias e trouxe dicas de como fazer um tratamento humanizado. Lembrou para a plateia que o toque e o olhar nos olhos são importantes para fazer com que o paciente se sinta visto e atendido como uma pessoa, e não como uma doença. Além disso, fez questão de falar sobre como a comunicação não-verbal é fundamental e faz toda a diferença para aquela pessoa que está em um momento vulnerável em um consultório.

Em contrapartida, a enfermeira Ariane Villanova trouxe uma perspectiva mais técnica da área, buscando informações em sua experiência trabalhando com a Unimed. Entre os principais desafios encontrados, ela destacou a comunicação.

“Na prática, o que nós vemos é a jornada da guia, não do cliente. Fazemos um destaque para o médico, já que ele é o primeiro vínculo com o paciente”, afirma Ariane, que se preocupa com a perspectiva distante dos planos de saúde e aponta que isso é um dos principais motivos para que a comunicação entre todas as partes envolvidas no tratamento não aconteça de maneira adequada.

A enfermeira levantou também a questão do cuidado em casa, algo buscado por muitos pacientes. Fazer o tratamento médico sem precisar sair do conforto de seu lar pode garantir que o paciente tenha uma recuperação melhor em um ambiente conhecido. O chamado Home Care teve aumento significativo, principalmente depois da pandemia de COVID-19. “É necessário que a operadora saiba o que está acontecendo com o cliente”, afirma ela, o que permite que o procedimento seja mais fácil.

As perspectivas de ambas as profissionais trouxeram noções importantes sobre a humanização do tratamento de saúde, elevando a qualidade dos tratamentos.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Breno H. M. Soares