Sob a coordenação de Marcelo Iwersen, a sala dedicada ao tema Gestão Hospitalar, abriu a programação nesta quarta-feira (29), com o painel do presidente da Federação Brasileira de Hospitais – FBH, Adelvânio Francisco Morato. O tema central do encontro foi:  a saúde não pode esperar para garantir a sustentabilidade dos hospitais filantrópicos.

Foram apresentados dados da Federação Brasileira de Hospitais, uma instituição pioneira, que há seis décadas defende os interesses da rede hospitalar privada, hoje composta por 4200 hospitais no Brasil. Na oportunidade, o presidente da FBH destacou a atuação da entidade na qualificação, propagação de conhecimento e incentivo à pesquisa e defesa dos hospitais filantrópicos.

“O Brasil é um país de dimensões continentais, por isso é impossível lançar regulamentações nacionais para o setor”, afirmou. Morato falou da importância de se discutir os cenários regionalmente, de acordo com a realidade de cada local.

Entre os números apresentados no painel, Morato apontou o fechamento de 629 hospitais nos últimos 10 anos. “E mais da metade dos estabelecimentos de saúde atualmente têm até 50 leitos. Nós temos que cuidar da nossa rede que está, em sua maior parte (70%), no interior dos estados”, ponderou.

Lições da pandemia

A pandemia revelou as deficiências da saúde mundial. A falta de máscaras, de leitos e o despreparo dos profissionais ficaram expostos. De acordo com o presidente da FBH, em situações de crise “Parece que cifras ficam à frente de vidas”.

Para Morato,  essas e outras dificuldades ainda não foram superadas. A falta do básico, como computadores, estrutura física adequada, entre outros problemas, ainda fazem parte do dia a dia dos hospitais. “Sem falar no represamento das demandas, causado pelo cancelamento de cirurgias e tratamentos eletivos durante a pandemia”, pontuou.

Neste cenário, a Federação Brasileira de Hospitais tem como pautas prioritárias apoiar a aprovação de projetos de lei para a recuperação financeira de instituições de saúde e a atualização da tabela SUS, que não é reajustada desde 2009. “Nós precisamos estar juntos”, finaliza.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Francielli Xavier