O futuro da gestão hospitalar foi tema da palestra de abertura da 16º edição do Seminário Femipa, promovido pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná. O evento acontece nos dias 20 e 21 de março, na sede da Associação Médica do Paraná (AMP), em Curitiba, sob o tema “Filantrópicos fortalecidos – População bem assistida.

O painel foi realizado pelo sócio e líder das práticas relacionadas ao segmento de saúde da Falconi Consultoria, Alberto Lott, com moderação do presidente da Femipa, Charles London. Na ocasião, o palestrante falou sobre os principais desafios e tendências no mercado de saúde, destacando a necessidade de constante evolução na gestão das organizações, sejam elas hospitais públicos ou privados, clínicas e operadoras.

”O ambiente da saúde muda muito rápido e é preciso que os gestores estejam preparados para lidar com constantes alterações. A sustentabilidade, a fragmentação dos elos que fazem parte de toda a cadeia setorial e a segurança na utilização de dados estão entre os grandes desafios do segmento, sendo que as lideranças devem estar aptas para que as organizações possam enfrentá-los e reagir a eles com eficácia”, afirmou.

Desafios da gestão hospitalar 

Segundo Alberto, os gestores de hoje, por mais que tenham recebido uma formação, muitas vezes já tida como ultrapassada, devem buscar a constante formação e atualização, adquirindo capacidades específicas. Estas envolvem desenvolvimento de análise crítica, capacidade de mobilização e agilidade na tomada de decisões. O foco deve estar em ações voltadas à governança, sem que sejam deixadas de lado preocupações que envolvam questões ligadas à diversidade, inclusão, impacto social e meio ambiente.

“Infelizmente, no Brasil, ainda temos baixa maturidade organizacional para lidar com desafios. Existe um caminho extenso de formação para que as lideranças adquiram novas competências de solução de problemas, análise, trabalho em equipe e relacionamento. Os gestores devem estar capacitados para lidar com um ambiente que muda a todo momento, considerando, além da prestação do serviço em si, a questão dos impactos gerados pelas organizações às quais representam, comentou“.

A necessidade de uma cultura orientada para o bom manejo de dados foi apontada como fundamental. Isto significa, de acordo com o representante da Falconi, saber transformar dados coletados relativos às organizações em ações práticas que visem a melhoria de resultados e facilitem a tomada de decisões. Para que isso ocorra de forma adequada, o conhecimento e a incorporação de novas tecnologias voltadas ao setor da saúde são grandes aliados, impactando, por exemplo, na gestão hospitalar. 

“Deve-se dar muita atenção à questão da segurança de dados. É um desafio, por exemplo, lidar com a privacidade de dados de uma instituição e ao mesmo tempo utilizar estes dados para melhoria do modelo de gestão. É preciso também dar muita ênfase ao monitoramento e prevenção de problemas”, completou.

Fonte: Saúde Debate - mídia oficial do 16º Seminário FEMIPA - Cintia Végas