Nos últimos anos, foi possível testemunhar uma rápida evolução na forma como a tecnologia é empregada na área da saúde. Um dos avanços mais significativos é a telemedicina, que permite o atendimento médico à distância por meio de dispositivos eletrônicos. Na pediatria, a telessaúde desempenha um papel relevante, proporcionando acesso a cuidados de qualidade, mesmo em áreas remotas ou em situações de emergência. Para o diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe, Cássio Fon Ben Sum, “é de extrema relevância o teleatendimento pediátrico, mas um dos maiores desafios tem sido o paradigma cultural. Pacientes, às vezes, marcam e não aparecem e, muitas vezes, enfrentam horas na estrada para chegar ao hospital e ter uma consulta que poderia ter sido feita de forma on-line”, afirma.

Outros desafios enfrentados para o avanço nesse sentido pensando nas instituições de saúde envolvem a  transformação digital de lidar com dados, prontuário eletrônico descentralizado e segurança de dados, telepropedêutica, etiqueta digital, critérios de elegibilidade, certificação digital dos médicos e equipes, boas práticas médicas, remuneração adequada e interesse dos compradores.

Um dos principais obstáculos é a necessidade de avanços tecnológicos específicos para atender às demandas da pediatria. Isso inclui o desenvolvimento de plataformas de telemedicina adaptadas às necessidades das crianças, com interfaces intuitivas e recursos adequados para a avaliação remota de pacientes pediátricos. Além disso, é essencial garantir a segurança e a privacidade das informações médicas, especialmente quando se trata de crianças.

Outro desafio significativo é a questão da confiança e aceitação por parte dos pais e cuidadores. Muitos podem se sentir inseguros em relação ao teleatendimento, preocupados com a qualidade do cuidado ou a precisão do diagnóstico. É necessário que os profissionais de saúde comuniquem de forma clara e transparente sobre os benefícios e limitações da telessaúde, buscando construir uma relação de confiança com as famílias.

Ben Sur ainda comenta que é uma nova modalidade de serviço, um método de cuidado, atendimento ético, eficiente e humanizado que só tem a agregar ao trabalho das instituições de saúde e contribuir para a sociedade. “Percebemos que o teleatendimento é mais do que capaz e eficaz, no entanto, o que precisamos é de interesse público”, finaliza.

 

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Patricia Lourenço