É possível um hospital registrar 150% de crescimento ao ano? Sim. E foi olhando para esses hospitais que o palestrante e presidente da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), Alberto Leite, finalizou o 17° Seminário FEMIPA. Com o tema “O gestor hospitalar do futuro: como me preparar para as mudanças de cenário e novas tecnologias?”, Leite destacou que uma série de informações atualizadas está por vir, o que merece atenção dos profissionais.
Ele mesmo reconheceu não ter todas as competências que o mundo atual requer. “Talvez o gestor não tenha agora, e eu me incluo nisso”, comentou e prosseguiu. “Fui estudar aqueles hospitais que cresceram 150% ao ano, depois de anos crescendo pouco. Só 10. O que os 10 têm em comum é que tomaram a decisão de sim e não rapidamente, porque dominam sua estratégia. Na Fia, definimos estratégia como tudo aquilo que não se quer fazer. O problema dos que não crescem são decisões prolongadas”, esclareceu.
Segundo ele, os principais impedimentos para isso são três: firmeza nas posições; gestão e, para isso, a IA é uma grande aliada; e entender a complexidade de gerir pessoas. “O administrador hospitalar traz o recurso de fora e mantém internamente, e toda a gestão é feita por IA. Ele tem que entender que a complexidade de gerir pessoas é porque ansiedade e depressão são cada vez mais frequentes. O turnover aumenta cada vez mais. Para administrar esse caos, também precisa de uma TI para essa operabilidade”, explicou.
Também é preciso se dar conta que práticas de compras estão muito ultrapassadas. “O gestor do futuro tem que entender quem vai estar com ele na trincheira. Avaliar risco. Quem acompanhará seu crescimento? Precisa entender de compra social para fazer seu fornecedor crescer e ampliar junto com seu negócio”, sugeriu.
Segundo Leite, a inovação acontece onde tem dor de verdade. Ele também chamou a atenção para alguns problemas graves de formação dos gestores atuais, como o fato de menos de 6% do CEOs falarem inglês. “Se você souber para onde tem que ir, a resposta vem em sete segundos. Toda vez que você tiver que tomar uma decisão de sim ou não e não souber a resposta em sete segundos, você não está preparado”, garantiu.
Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Magaléa Mazziotti