A abertura oficial do primeiro dia do 30º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e 13º Congresso Internacional das Misericórdias destacou a força do setor para a saúde. A mesa foi composta pelo anfitrião, presidente da CMB, Mirocles Véras; o vice-presidente, Flaviano Feu Ventorim; o presidente da Confederação Internacional das Misericórdias (CIM), Manuel Augusto Lopes de Lemos; e o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas, Antonio Brito.
Trazendo como tema “Conectar e Inovar para assegurar o futuro da saúde”, Brito enfatizou a real definição da conexão. “Conectar não é pela internet, é no abraço carinhoso. Vamos nos amparar um ao outro e é neste congresso que se darão o surgimento e o ressurgimento da força das nossas misericórdias do Brasil e do mundo”, disse, completando: “A força da Confederação Nacional, da Confederação Internacional e da Frente Parlamentar tem feito mudanças, e essas mudanças dependem de nós.”
Manuel Augusto Lopes de Lemos, presidente da CIM, ressaltou a satisfação em participar do evento. “É uma honra estar aqui com vocês, aprender com vocês e, se possível, compartilhar nossas experiências”. Ele salientou a importância de se evidenciar, cada vez mais, a força e o papel dos hospitais filantrópicos e a relevância do encontro proporcionado pelo Congresso. “Precisamos ser vistos, expor publicamente a importância do trabalho que realizamos na vida das pessoas e que todas as decisões se concretizam no acesso e qualidade de assistência na vida de milhões de brasileiros”.

Palestras magnas

Um dos destaques da abertura do evento foram as palestras magnas do médico sanitarista Gonzalo Vecina e da atriz Denise Fraga. Vecina, que foi fundador e presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de 1999 até 2003, e também um dos idealizadores do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, lembrou que o SUS foi crucial para que a tragédia causada pela pandemia da Covid-19 não fosse maior. “Se não morreu mais gente, foi por causa do SUS. O SUS foi a diferença, e cada trabalhador do SUS construiu um novo SUS”.
Também lembrando o papel fundamental das instituições filantrópicas na saúde pública, Vecina frisou que “as Santas Casas não podem sempre buscar dinheiro para se salvar”.  “Não é aceitável essa situação. Não se constrói direito com caridade. Temos que conseguir a sustentabilidade de maneira adequada, e acho que existe solução para isso. Tudo o que homem quer, o homem constrói”, disse.
Denise Fraga fez um agradecimento aos profissionais da saúde e também salientou o trabalho das misericórdias. “Por que agora sabemos o que é o SUS? Porque assistimos com admiração plena. Vocês foram heróis. Eu tive profunda misericórdia por vocês. Que viva a misericórdia. A misericórdia é um caminho para fazer direito a muita necessidade e injustiça social que a gente passa”, finalizou. (Foto: Divulgação CMB)

Painel internacional aborda inovação e conexões humanas

Inovação e conexões humanas são essenciais para a perspectiva de um novo mundo. Pensando nisso, a CMB preparou uma palestra especial para debater o tema, no 30° Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e 13º Congresso Internacional das Misericórdias. O painel internacional foi moderado pelo presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e Entidades Beneficentes do Tocantins, com apresentação feita pelo professor associado convidado na ENSP-NOVA- Lisboa/Portugal, Adalberto Campos Fernandes e pelo ex-cientista chefe do Laboratório de Pesquisas da IBM no Brasil, Fábio Gandour, que atualmente dedica-se à ciência como negócio. (Foto: Cristiano Nascimento)

Importância da tecnologia para o setor da saúde

Como traduzir transformação digital e inovação nas estratégias das instituições? Esse foi o tema de uma das palestras do segundo dia do 30° Congresso da Confederação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos. O objetivo do painel foi discutir as tendências tecnológicas para o setor da saúde e a importância da tecnologia para a sustentabilidade e sobrevivência das instituições.

Moderada pelo professor associado da Fundação Dom Cabral/FDC, Márcio Rabelo, uma das apresentações foi feita por Chao Lung Wen, chefe da Disciplina Telemedicina na Universidade de São Paulo/FMUSP, que trouxe esclarecimentos sobre esse modelo de atendimento.

Em outra explanação, feita pelo sócio da EY Parthenon, Leandro Berbert, ele lembrou o quão importante é preparar o ecossistema de inovação, encabeçado pelas lideranças. (Foto: Cristiano Nascimento)

 

 

Fonte: CMB