polegar_pra_baixoMesmo com o lançamento do Programa Mais Médicos, em julho deste ano, a área da saúde foi a pior avaliada pela população em pesquisa divulgada na sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI/Ibope) – 77% de desaprovação. Apesar do setor, a avaliação positiva do governo Dilma Rousseff cresceu de 31% para 37%.

O estudo mostra recuperação de parte da popularidade da presidente, que sofreu baixa após a onda de manifestações de junho. O índice da população que considera o governo Dilma ótimo ou bom subiu seis pontos percentuais. Houve também uma queda na parcela da população que considera a gestão ruim ou péssima, caindo de 31% para 22%. “A evolução, no entanto, não abate a popularidade perdida na última pesquisa.

Em março deste ano, a presidente contava com a marca de 55%, mas caiu, em julho, para 31%”, pontuou o gerente executivo de Pesquisa da entidade, Renato da Fonseca. A recuperação da popularidade se deve à falta de oposição, argumenta o professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto. Para ele, a sociedade tende a manter uma “opinião comodista”, em caso de ausência de posições contrárias.

“Isso mostra o quanto a oposição é ineficaz, porque a economia não vai bem e a população continua a sofrer com péssimos serviços públicos.” A tendência positiva se repetiu na expectativa em relação ao restante do ano. A maioria dos entrevistados esperam um desempenho bom ou ótimo (39%) para os próximos quatro meses. Ainda foi registrado crescimento no índice de confiança em relação à petista, que passou de 45% para 52%.
Aqueles que não confiam passaram para 43%, diante 50% em julho. Aprovação Em relação a maneira de governar da chefe do Executivo, o levantamento mostrou que Dilma voltou a contar com a aprovação de mais da metade da população. Em comparação com julho, o percentual de apoio subiu de 45% para 54%. De acordo com o estudo, 44% dos entrevistados avaliam a gestão de Dilma como equivalente a do antecessor, Luís Inácio Lula da Silva.

Além do baixo desempenho na saúde, a política de segurança pública foi desaprovada por 74% das pessoas. Desempenho parecido tiveram ações na área econômica, como a política de taxa de juros (71%) e de combate à inflação (68%). Já os setores de combate à fome e à pobreza, foram melhor avaliados com a aprovação de 51% dos entrevistados. A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 14 a 17 de setembro. Foram realizadas 2002 entrevistas em 142 municípios. A sondagem coletou opiniões de eleitores com mais de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Fonte: Jornal do Commercio