As doenças respiratórias sempre estiveram entre as principais causas de internações e mortes no Brasil, mesmo antes da pandemia da Covid-19. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma delas e, como forma de atentar ao problema, existe até uma data para alertar sobre sua prevenção e combate: a terceira quarta-feira de novembro.  “Segundo os últimos levantamentos, a DPOC foi a quarta principal causa de morte no Brasil entre 2015 e 2016, com um número de óbitos próximo de 40 mil”, revela o Dr. Daniel Bruno Takizawa, pneumologista do Hospital São Vicente Curitiba.

A DPOC atinge cerca de 15% da população brasileira, sendo mais comum em pessoas com mais de 40 anos, mas pode ser evitada na maioria dos casos. De acordo com o Ministério da Saúde, com informações da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o hábito de fumar é o responsável por cerca de 80% dos casos da doença. “O principal fator de risco para a DPOC é o tabagismo e temos também alguns outros fatores, como genética, desnutrição, prematuridade, poeira ocupacional, infecções respiratórias graves na infância, irritantes químicos e poluição do ar”, explica o pneumologista.

Sem cura, a doença provoca uma inflamação crônica das vias aéreas, com limitação do fluxo do ar nas vias aéreas e destruição do tecido pulmonar. “O objetivo do tratamento da DPOC, com medidas farmacológicas e não farmacológicas, visa reduzir os sintomas, controlar a doença, evitar agravamentos e, quando possível, diminuir sua progressão”, esclarece o Dr. Daniel Bruno Takizawa.

Sintomas semelhantes ao da Covid

Tosse, expectoração crônica, falta de ar e opressão torácica (sensação de aperto, pressão ou queimação no peito) são os principais sintomas da DPOC, que podem ser confundidos com os da Covid-19. “Caso apresente algum desses sintomas e fatores de risco, o ideal é procurar um especialista para uma avaliação individualizada”, salienta o pneumologista.

A DPOC ainda é um fator de risco para a pneumonia, outra doença respiratória comum entre a população. De acordo com dados do DataSUS, entre setembro de 2020 e setembro de 2021 ocorreram 353.178 internações e 49.258 óbitos devido à doença, que também é lembrada em novembro, todo dia 12. “Pessoas com DPOC, bronquiectasias, asma, doenças cardíacas, AVC prévio, diabetes, desnutrição, pacientes imunocomprometidos, como os portadores de neoplasia ou transplantados, ou que possuem fatores de risco para broncoaspiração, como epilepsia, têm mais riscos de contrair pneumonia”, ressalta o médico, que completa: “Infecções do trato respiratório por vírus, o tabagismo e o alcoolismo também estão entre os principais fatores de risco.”

Mais comum entre crianças e idosos, a pneumonia pode ter causas virais, bacterianas, químicas e fúngicas. “As pneumonias mais graves são a bacteriana e a causada pelo vírus SARS-CoV-2 (Covid-19)”, revela Dr. Daniel Bruno Takizawa.  Assim como na DPOC, os sintomas da pneumonia, que incluem tosse, falta de ar, dor torácica, perda do apetite, prostração, podem ser confundidos com os da Covid-19 e, por isso, quando surgem é essencial uma avaliação médica.

Para ajudar a prevenir, é fundamental a vacinação contra o pneumococo (Streptococcus pneumoniae, principal agente bacteriano causador da pneumonia), que está disponível no SUS para crianças, adolescentes e adultos com comorbidades (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, entre outras condições), e para todas as pessoas acima de 60 anos. “Há mais de um tipo de vacina contra o pneumococo e a indicação é feita pelo médico”, lembra Dr. Daniel Bruno Takizawa.

A vacina contra a Covid-19 e contra a gripe também são indicadas, além da adoção de hábitos saudáveis. “Alimentação saudável, prática de exercícios, bons hábitos de higiene e evitar o tabagismo são as outras formas de prevenção dessas doenças”, orienta o pneumologista do Hospital São Vicente Curitiba.

Sobre o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF

O Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, formado pelo Hospital São Vicente Curitiba, fundado em 1939, e pelo Hospital São Vicente CIC, inaugurado em 1973, atende a diversas especialidades, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. Referência em transplantes de fígado e rim e nas áreas de Oncologia e Cirurgia, desde 2002 o Grupo é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).

O Hospital São Vicente Curitiba é um hospital geral de alta complexidade. Em uma estrutura moderna, conta com pronto-atendimento, centros médico, cirúrgico e de exames, UTI, unidades de internação e centro de especialidades. Possui o selo de certificação intermediária de transplantes hepático e renal da Central Estadual de Transplantes do Paraná e seu programa de Residência Médica é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.

A instituição integra ainda a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais informações no site www.saovicentecuritiba.com.br.

Fonte: Hospital São Vicente