O Hospital Pequeno Príncipe reinaugurou, nesta terça-feira (24), o Ambulatório de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea (TMO). Uma explosão seguida de incêndio, em outubro do ano passado, destruiu o local destinado ao atendimento de crianças e adolescentes que realizam tratamento nessas especialidades. O novo espaço foi completamente reformulado, unindo tecnologia de ponta, segurança e humanização para garantir o melhor cuidado aos pacientes. Com um design moderno e acolhedor, os ambientes foram projetados para proporcionar conforto e bem-estar, essenciais durante os tratamentos complexos como quimioterapia.
Cerca de R$ 2,7 milhões foram investidos para restauração do novo ambulatório. Mais de 500 itens, entre equipamentos de engenharia clínica, enfermagem, DTI e mobiliário, foram adquiridos para reequipar o setor. As novas poltronas motorizadas permitem que os pacientes se acomodem em várias posições, oferecendo conforto personalizado e facilitando o manejo de situações como hipotensão. O local também foi cuidadosamente ambientado com recursos para distração e relaxamento das crianças.
Além da estética, a funcionalidade do espaço foi aprimorada e modernizada com a instalação de sistema de ar condicionado, rede elétrica e dispositivos de segurança e gestão de risco, incluindo sensores de gases e registros individualizados. O investimento em equipamentos de última geração garante que os tratamentos sejam realizados de forma precisa e segura, promovendo um atendimento mais eficiente e confortável.
Cada detalhe do novo ambulatório foi pensado para garantir a máxima eficiência operacional e a melhor experiência para os pacientes, cuidadores e equipe médica, assegurando que o ambiente não só atenda às necessidades técnicas, mas também ofereça acolhimento e suporte emocional aos pacientes e suas famílias.
“A reconstrução devolveu toda a integridade ao lugar e as condições essenciais para a retomada da atenção e do cuidado ofertados às crianças e adolescentes que recebemos de todas as regiões do Brasil. Investimos em inovações que oferecem maior conforto e menor sofrimento durante o tratamento, com melhores resultados clínicos e de qualidade de vida para nossos meninos e meninas”, destaca o diretor-técnico do Pequeno Príncipe, Donizetti Giamberardino Filho.
Apoio
Equipes de 16 áreas do Hospital participaram do processo de planejamento e execução das obras. Durante a reconstrução, os atendimentos não foram interrompidos. Pacientes foram rapidamente realocados para espaços temporários no sexto andar, permitindo que os tratamentos continuassem sem prejuízo. A diretora-executiva, Ety Cristina Forte Carneiro, ressalta a mobilização interna e o apoio de parceiros para que a recuperação fosse rápida e completa, dentro dos padrões de excelência e humanização praticados historicamente pela instituição. “As quimioterapias não pararam. Mais uma vez, contamos com o engajamento das equipes internas, e o setor foi realocado no mesmo dia. Também tivemos a contribuição especial de pessoas e empresas comprometidas com a causa da saúde infantojuvenil. Conseguimos agir rapidamente e coletivamente para restaurar o espaço de forma plena e perfeitamente adequada, com tudo que nossos pacientes pediátricos merecem. Atuamos além das dimensões física e técnica, mas também na emocional das crianças e adolescentes, suas famílias e profissionais que atuam junto a eles”, considera.
Sobre os serviços
Em 2023, o Ambulatório de Oncologia, Hematologia e TMO realizou cerca de três mil sessões de quimioterapia e 6,7 mil atendimentos. O Pequeno Príncipe é referência no Brasil no tratamento de câncer infantojuvenil e doenças hematológicas, com uma taxa média de sobrevida de 74%. O Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital responde por 12% de todos os transplantes no Brasil, sendo referência no Paraná, onde realiza 82% dos procedimentos. Desde sua criação, já foram feitos mais de 500 transplantes, o que o consolidou como um dos principais centros na América Latina.
Cerimônia
A cerimônia de reinauguração contou com a presença do médico Eurípides Ferreira, hematologista que fez parte da equipe que realizou o primeiro transplante de medula óssea do Brasil e foi responsável pela implantação dos Serviços de Oncologia e Hematologia e TMO do Pequeno Príncipe. Também celebraram a reabertura do novo ambulatório as equipes de assistência que atuam ali, apoiadores que realizaram doações para reconstrução do espaço e colaboradores de outros setores do Hospital.
Sobre o Pequeno Príncipe
Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de cem anos para crianças e adolescentes de todo o Brasil. É referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Com 369 leitos, incluídas as 76 UTIs, atende em 47 especialidades e áreas da pediatria, que contemplam diagnóstico e tratamento, com equipes multiprofissionais, e promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, realizou cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. Em 2024, pelo quarto ano consecutivo, a instituição figura como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina, de acordo com um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek.
Fonte: Hospital Pequeno Príncipe