Todos os anos, o Brasil registra 30 mil novos casos de crianças com alguma cardiopatia congênita, ou seja, dez casos a cada mil nascimentos, segundo o Ministério da Saúde. Ainda de acordo com o órgão, em pelo menos 12 mil são necessárias cirurgias de correção já no primeiro ano de vida, e outros 6% morrem antes de completarem a idade.
As cardiopatias são malformações na estrutura ou na função do coração e surgem ainda na gestação. Por isso, no Dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita, lembrado em 12 de junho, o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, reforça a importância do diagnóstico precoce para uma maior sobrevida desses pacientes. “Descobrir uma cardiopatia ainda na gestação, por meio do ecocardiograma fetal, é importante para que o bebê tenha a assistência necessária assim que nascer. Dessa forma, é possível evitar que a criança fique meses ou anos sem tratar a condição cardíaca, piorando o quadro”, explica a cardiologista pediátrica Cristiane Binotto, do Pequeno Príncipe.
Apesar das cirurgias serem necessárias em alguns casos, o uso de medicamentos é a principal forma de tratar a cardiopatia. O cateterismo também pode ser indicado e, em casos mais graves, é preciso realizar o transplante de coração.
Um desses casos é o de Natan Franscisco de Moura, de Cascavel, que recebeu o diagnóstico de miocardiopatia dilatada no final de 2022, aos 8 anos de idade, após episódios de desmaio na escola. “Depois de passarmos por atendimento em nossa cidade, fomos encaminhados para o Pequeno Príncipe, refizemos todos os exames e começamos o tratamento com a esperança que, com a medicação, fosse dar resultado, mas logo em seguida ele foi para a UTI”, conta a mãe, Lilian Paulo Ferreira Rigo.
Foi então que a família recebeu a notícia de que o menino precisaria de um transplante de coração para sobreviver. No dia 3 de maio deste ano, Natan entrou na lista e, 14 dias depois, encontrou um órgão compatível. “Eu não tenho nem como explicar a minha felicidade em ver ele bem e tranquilo. Quando ele estava com o outro coraçãozinho, ele não tinha disposição, e agora nasceu de novo”, diz Lilian.
Sinais de alerta
De acordo com a cardiologista pediátrica do Pequeno Príncipe, quando a malformação não é descoberta durante a gestação, é importante que os pais estejam atentos para alguns sinais que podem indicar a presença de uma cardiopatia:
– Em bebês: pontas dos dedos e/ou língua roxas; transpiração e cansaço excessivos durante as mamadas; respiração acelerada enquanto descansa; dificuldade em ganhar peso; e irritação frequente e choro sem consolo.
– Em crianças: cansaço excessivo durante a prática de atividades físicas e dificuldade de acompanhar o ritmo de outros garotos e garotas; crescimento e ganho de peso de forma não adequada; infecções pulmonares repetitivas, lábios roxos e pele mais pálida quando brinca muito; coração com ritmo acelerado; e desmaio.
Sobre o Serviço de Cardiologia do Pequeno Príncipe
O Hospital Pequeno Príncipe é um dos mais importantes centros brasileiros de cardiologia pediátrica. Um dos diferenciais do Serviço de Cardiologia é a rapidez na investigação diagnóstica, que leva no máximo 48 horas – a maioria dos pacientes tem o diagnóstico no mesmo dia da consulta. Além de atendimentos ambulatoriais, disponibiliza todos os exames necessários para o diagnóstico do paciente, bem como alternativas de tratamentos, incluindo cirurgias e transplantes.
Sobre o Hospital
Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de 100 anos para crianças e adolescentes de todo o país. Disponibiliza desde consultas até tratamentos complexos, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Atende em 35 especialidades, com equipes multiprofissionais, e realiza 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Conta com 361 leitos, 68 de UTI, e em 2022, ainda com as restrições impostas pela pandemia de coronavírus, realizou cerca de 250 mil atendimentos e 18 mil cirurgias que beneficiaram pacientes do Brasil inteiro.
Fonte: Hospital Pequeno Príncipe