Com ação de importação coordenada pela CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), em operação inédita unindo entidades do setor, mais uma remessa de medicamentos do chamado ‘kit intubação’ chegou ao Brasil e foi encaminhada para hospitais filantrópicos, nesta quarta-feira (30).

As tratativas da iniciativa da CMB foram iniciadas em abril, com o primeiro contrato firmado ultrapassando os R$ 16 milhões, articulado pelo Grupo Techtools. A companhia viabilizou a chegada dos medicamentos no país, promovendo todo o suporte e apoio logístico durante a operação para a importação dos insumos. A confiança recíproca construída entre o Grupo Techtools e a CMB foi o diferencial para a concretização desta operação inovadora em favor dos hospitais filantrópicos. Ao todo, serão 320 mil itens divididos entre Propofol, Atracúrio e Rocurônio, oriundos da Índia.

Em Catanduva, no interior de São Paulo, a Fundação Padre Albino foi uma das instituições beneficiadas e recebeu 1.500 unidades do bloqueador neuromuscular Atracúrio 10mg/ml 5 ml.

O Hospital Estadual João Paulo II, da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, na cidade de São José do Rio Preto, foi outra entidade que recebeu insumos. Foram 2.472 unidades de Rocurônio, medicamento utilizado em conjunto com anestesia geral para facilitar a intubação traqueal, e 600 unidades de Atracúrio 10mg/ml 5 ml.

A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Araraquara também recebeu parte da remessa de medicamentos: foram 2.100 ampolas de Atracurio 10mg/ml 5 ml.

A primeira leva da importação do Atracúrio, vindo da Índia, chegou no dia 26 de maio, em lote composto por 28.825 unidades do medicamento, que foram encaminhadas para 27 hospitais. Nesta primeira importação, o custo foi de R$ 1,4 milhões. “A primeira importação contempla especialmente as instituições com maior escassez, em regiões onde os índices de internação continuam altos, mas é apenas um fôlego inicial”, fala o presidente da CMB, Mirocles Véras.

Véras ressalta que os esforços continuam e que a expectativa é auxiliar o quanto for possível os hospitais filantrópicos do país, que completam a maior rede hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS). “Mantemos esforços diários junto à indústria nacional e até mesmo compartilhamento regional para que não falte, e durante esse período também seguimos com novos acordos e contratos para contemplar mais instituições e maior volume”, fala. “Outras negociações estão sendo trabalhadas e não podemos deixar de externar os agradecimentos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pelo apoio e orientação compartilhados pela equipe técnica da agência reguladora, nesta operação que nos desafia neste contexto de evolução que tanto queremos para a CMB, em prol dos hospitais!”, finalizou Véras.

Esta é a primeira compra coletiva e importação conjunta do setor. “As providências são urgentes e estamos atuando em várias frentes para amenizar o sofrimento dos administradores hospitalares, profissionais de saúde e pacientes que convivem com a incerteza do abastecimento adequado”, conclui o presidente da CMB.

Fonte: CMB