O secretário de estado da Saúde, Beto Preto, foi o convidado para a palestra de abertura do 17º Seminário FEMIPA. Na ocasião, ele destacou a importância da parceria entre o governo estadual e as instituições filantrópicas, ressaltando o impacto positivo dessas entidades na gestão hospitalar. Dos 448 hospitais no Estado, 148 são filantrópicos, e a Femipa representa 94 deles.
“Os hospitais filantrópicos são pilares do SUS e, por isso, é essencial discutirmos soluções para um financiamento sustentável. O pós-pandemia trouxe desafios significativos, e nosso compromisso é fortalecer a rede pública, para garantir que os serviços sejam cada vez mais ágeis e eficientes para a população”, afirmou.
Ainda durante a palestra, o secretário explicou o sucesso do Opera Paraná, que chega à terceira etapa, com mais R$ 350 milhões de recursos já confirmados pelo governo do estado e com resultados pulverizados em todo o Paraná, sobretudo no número de cirurgias realizadas. “O Opera Paraná se mostrou uma oportunidade para diminuir a fila das especialidades. O Paraná faz 78 cirurgias por hora graças ao programa, via parceria com hospitais em todo o estado”, informou Beto Preto. Segundo dados apresentados por ele, isso soma mais de 1,8 mil cirurgias realizadas por dia.
Ele também afirmou que, no Opera Paraná III, a ideia é dedicar mais atenção à eficiência de pontos importantes, como consultas de urgência e emergência. “Os hospitais e clínicas estão recebendo a mais por urgência e emergência. Quase 200 milhões a mais na conta desses hospitais”, assegurou o secretário estadual de Saúde. “No Opera Paraná III, queremos atrair os municípios de gestão plena. O Ministério da Saúde já reconhece o Paraná como o estado líder na realização de cirurgias eletivas. São R$ 300 milhões no primeiro Opera Paraná. O segundo ano foi igual e, agora, no terceiro, serão R$ 350 milhões”, destacou.
Por fim, ele também se comprometeu a avançar na discussão com a Copel para conseguir o benefício de eficiência energética para os hospitais filantrópicos com essa demanda.
Oferta de Cuidados Integrados (OCIs)
Para o diretor de Atenção Especializada da SESA, Vinícius Filipak, o desafio que ainda requer solução é a demora excessiva para se ter um diagnóstico. Ele apresentou os resultados de 2024 do Programa Opera Paraná, citando o saldo de 246 mil cirurgias eletivas realizadas só no ano passado, 50% a mais do que em 2019, ano de referência até então. “O paciente enfrenta uma demora excessivamente grande. Isso não é qualidade. E ele chega à atenção hospitalar com um quadro de urgência, com uma série de complicações”, apontou. “Se ele sobreviver, vai frequentar mais consultas, porque o tempo oportuno do diagnóstico foi perdido, complementou.
Para Filipak, a solução é que o paciente tenha um diagnóstico rápido. Para isso, precisa de consulta ambulatorial que “priorize a exclusão do paciente ou do risco ou confirme a condição de risco, fechando a conclusão desse risco. O paciente eletivo, na minha visão, é mais barato”, defendeu.
Esse olhar, na visão do diretor de Atenção Especializada, a médio e longo prazo, vai melhorar a qualidade de vida da população. “A começar por eliminar a angústia dele e daquela família, que aguardam e ficam peregrinando por anos por uma conclusão. Um novo recurso da União vai englobar isso”, disse.
Ainda na palestra, Vinícius Filipak detalhou o Programa Mais Especialistas e falou sobre a implantação das Ofertas de Cuidados Integrados (OCI). As OCIs , segundo ele explicou, são um conjunto de procedimentos ofertados de forma integrada, com o objetivo de agilizar diagnósticos e tratamentos para pacientes encaminhados pela Atenção Primária. Elas fazem parte do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), do Ministério da Saúde (MS), que busca ampliar e qualificar o atendimento, garantindo consultas e exames especializados, reduzindo filas e o tempo de espera.
Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Magaléa Mazziotti