pequenos hospitaisO secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, participou nesta quarta-feira (17), em Irati, do lançamento oficial do projeto Cuidados Continuados Integrados no Paraná. A iniciativa, que envolve Governo do Estado, União e entidades parceiras, pretende mudar o modelo de atenção à saúde em hospitais de pequeno porte.

Atualmente, dos 412 hospitais existentes no Paraná, 293 tem menos de 50 leitos. Geralmente, eles são responsáveis por atendimentos básicos que poderiam ser resolvidos em unidades da saúde da família. Além disso, muitos enfrentam problemas financeiros, devido à baixa ocupação dos leitos e a baixa complexidade dos serviços oferecidos.

Segundo Caputo Neto, a proposta do projeto é estabelecer uma nova vocação para esses hospitais, tornando-os centros especializados em atendimento às condições crônicas. “Esta será a solução para resgatarmos estes hospitais. Sabemos que eles podem cumprir um papel importante na rede integral de cuidados que estamos construindo no Estado”, disse.

Hoje, as doenças crônicas são a principal causa de internamento em hospitais e isso se deve principalmente ao envelhecimento da população. Cerca de 11% da população paranaense tem mais de 60 anos e necessita de acompanhamento constante e perto de casa.

Pioneira no país, a experiência paranaense servirá de exemplo para a implantação deste novo modelo de atendimento em todo o Brasil. Além do Paraná, São Paulo, Piauí e Mato Grosso do Sul também participam do projeto, que visa solucionar o problema de subsistência dos pequenos hospitais.

O projeto piloto de Cuidados Continuados no Paraná começa a ser aplicado inicialmente no Hospital de Caridade Dona Darcy Wargas, no município de Rebouças, região Centro Sul do Estado. De acordo com o presidente da unidade, Barquet Ayub Filho, o hospital esteve próximo de fechar as portas. “Tínhamos diversos problemas financeiros que dificultavam o atendimento à população. Com esse projeto temos um novo alento e a saúde da região também ganhará um importante impulso”, explica.

O processo de implantação da unidade de cuidados continuados deve durar em torno de 18 meses. A ideia é se basear em experiências exitosas de modelos aplicados na Espanha e em Portugal.

Toda condução do projeto está sendo feita numa parceria da Secretaria estadual da Saúde, com o Ministério da Saúde, Hospital Samaritano de São Paulo, Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (Cealag), Federação das Santas Casas de Misericórdia do Paraná (Femipa) e da Gesaworld, empresa internacional de consultoria.

Fonte: Sesa