Na última semana, o presidente da FEMIPA, dr. Charles London, participou, com representantes de 14 hospitais contratualizados pela Prefeitura de Curitiba para atendimento pelo SUS Curitibano, de uma reunião com gestores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A secretária, Beatriz Battistella, fez o balanço das atividades desenvolvidas entre 2017 e 2023 e apresentou o planejamento para 2024.

Estiveram presentes: Hospital Mater Dei, São Vicente, Complexo Hospitalar do Trabalhador, Hospital Cajuru, Hospital Erasto Gaertner, Hospital Evangélico Mackenzie, Hospital Pequeno Príncipe, Hospital Santa Casa, Hospital Cruz Vermelha, Hospital Bom Retiro, Hospital Madalena Sofia, Hospital Menino Deus, Pequeno Cotolengo e Hospital de Clínicas.

“Foi um momento de agradecer pelo excelente desempenho das equipes e programar as principais ações para 2024”, disse a secretária.

Beatriz Battistella pôde detalhar as propostas para novas atividades da rede em 2024, inclusive com a realização de um encontro sobre o programa Saúde em Casa (SAD) com os hospitais que atendem SUS em Curitiba. O programa tem sido muito eficiente no apoio à desospitalização na cidade, com o atendimento domiciliar, quando possível.

Outros pontos discutidos foram a ampliação da telemedicina nas UPAs, com a revisão da avaliação hospitalar; redução das filas internas e a realização de mutirões; além de avançar na discussão e implantação do DRG (da sigla em inglês Diagnosis-Related Groups, ou Grupo de Diagnósticos Relacionados) – sistema de classificação de pacientes internados em hospitais em grupos homogêneos de acordo com a complexidade assistencial. A partir dessa metodologia, os hospitais podem ter pagamentos diferenciados para tratamentos menos ou mais complexos, o que auxilia na sustentabilidade das unidades hospitalares.

Para a diretora do Hospital Santa Casa de Curitiba, Nívia Souza, foi muito importante o acolhimento da gestão municipal e também olhar para o passado intenso e impactante da pandemia e do pós-covid. Segundo ela, o que mais empolga para 2024 é a aplicação inovadora do DRG.

“Vamos em busca das melhores experiências da saúde baseada em valor, com foco nos resultados e na sustentabilidade”, disse Nívia, contando que na primeira semana de fevereiro vai até Minas Gerais para conhecer um trabalho nessa área e que no início de março deverá implantar o DRG na Santa Casa de Curitiba.

O diretor executivo do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, Diogo Azevedo, participou do encontro e agradeceu publicamente em uma rede social a oportunidade de refletir sobre os resultados alcançados e planejar o futuro. Segundo ele, as iniciativas planejadas para 2024 são não somente promissoras, mas cruciais.

“Celebramos o SUS e reafirmamos nossa colaboração contínua com a Prefeitura Municipal de Curitiba, mantendo-nos sempre focados no bem-estar e na saúde dos cidadãos de Curitiba!”, destacou o diretor do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, que inaugurou, em dezembro de 2023, sua nova unidade hospitalar de leitos de transição de cuidados São Luís Orione.

Orçamento

A secretária destacou a evolução do orçamento da saúde municipal, decorrente do apoio incondicional do prefeito Rafael Greca à ampliação dos serviços à disposição da população. Segundo ela, isso tem proporcionado valores cada vez mais significativos para a pasta, que, em grande parte, ajudam a minimizar a defasagem da tabela SUS, definida pelo Ministério da Saúde.

“O orçamento da saúde para 2024 é de R$ 2,9 bilhões, um valor expressivo que mantém inclusive o incentivo municipal aos hospitais da rede, que este ano é de R$ 73 milhões”, explicou a secretária.

De 2017 a 2023, foram repassados cerca de R$ 6,1 bilhões para os hospitais contratualizados com o SUS de Curitiba.

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba