A Secretaria da Saúde promove nos dias 14 e 15 de setembro, em Curitiba, o seminário estadual sobre síndromes respiratórias agudas, incluindo o enfrentamento da gripe. Será apresentada a estratégia adotada no Estado em 2012 para o diagnóstico e tratamento em adultos e crianças e medidas de prevenção. O Paraná também convidou representantes dos estados do sul, do Ministério da Saúde e da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), entidades médicas e universidades para ampliar a discussão.

“O objetivo do seminário é reunir profissionais de saúde envolvidos no enfrentamento das síndromes respiratórias e construir estratégias para os próximos anos”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz. O aparecimento das síndromes respiratórias é mais comum na região sul devido às condições climáticas. “Aprendemos muito com a pandemia de gripe A (H1N1) em 2009 e certamente erramos menos com o reaparecimento do vírus neste ano. No entanto, ainda tivemos mortes pela demora no diagnóstico e no uso do antiviral de pessoas quem tinham doenças crônicas pré-existentes”, enfatiza.

O Estado do Paraná adotou estratégia pioneira no tratamento da gripe, como a indicação do medicamento antiviral oseltamivir para todas as síndromes gripais, independente da confirmação de exame laboratorial e avaliou bons resultados. “Tínhamos em estoque cerca de 300 mil tratamentos, quantidade de medicamentos suficiente para atender os casos de gripe do Estado. O Ministério da Saúde também sinalizou que teria mais tratamentos caso houvesse necessidade”, destaca Sezifredo.

MONITORAMENTO – Mais uma vez o Paraná foi pioneiro, quando ampliou em 2011, o monitoramento de doenças respiratórias com a oferta de exames diagnósticos no Laboratório Central do Estado (Lacen) e aumento das unidades-sentinelas em diversos municípios. A partir deste trabalho, surtos e epidemias podem ser identificados com mais agilidade e podem ser estabelecidas estratégias eficientes de enfrentamento, quando for o caso.

Em 2012, foi instituída a Comissão Estadual de Infectologia, que reúne 16 entidades para a discussão das estratégias de monitoramento e enfrentamento de síndromes gripais. “A comissão foi fundamental para sensibilizar os profissionais de saúde quanto à importância do diagnóstico precoce da doença e o início imediato do tratamento”, ressalta o superintendente.

A comissão reúne representantes da Secretaria Estadual de Saúde, Associação Médica do Paraná, Sociedades Paranaenses de Infectologia, Pneumologia, Pediatria e Terapia Intensiva, Conselhos Regionais de Enfermagem, Farmácia e de Medicina, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Hospital de Clínicas, Hospital Pequeno Príncipe e Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar.

IMPRENSA – Nesta terça-feira (4) a Agência Estado divulgou uma matéria afirmando que o Ministério da Saúde admitiu erro na estratégia adotada no enfrentamento da gripe no país, o que foi rebatido por nota oficial divulgada nesta tarde. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, diz que “a estratégia do MS está corretamente baseada nas evidências científicas disponíveis e de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS)”. Veja a Nota do Ministério

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