De acordo com o Ministério da Saúde, até 2% das crianças que passam por intubação prolongada para ventilação mecânica precisam de traqueostomia, sendo que a maioria delas tem menos de 1 ano de idade. Somente no Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, são realizados mais de 600 atendimentos ambulatoriais todos os anos a pacientes traqueostomizados.

A traqueostomia é um procedimento cirúrgico de baixa complexidade em que, por meio de uma pequena abertura no pescoço (traqueia), o médico insere uma cânula (um tubo) para facilitar a chegada de ar até os pulmões em pacientes que apresentem uma obstrução na via respiratória. Essa via alternativa é indicada em casos de intubação prolongada, tumores e malformações da face e pescoço, pacientes neurológicos com broncoaspiração, entre outros. Em 2021, um levantamento realizado por 11 centros especializados no atendimento a crianças traqueostomizadas revelou que 257 pacientes de 0 a 3 anos passaram por esse procedimento. Em 2022, o número aumentou para 318.

Os pacientes traqueostomizados enfrentam desafios diários. Por isso, com o intuito de levar cada vez mais informações para profissionais, pacientes, familiares e toda a sociedade, o Hospital Pequeno Príncipe vai realizar, no Dia Nacional da Criança Traqueostomizada, 18 de fevereiro, às 19h30, a aula “Traqueostomia infantil: a informação é o melhor cuidado”. O encontro, online e gratuito, abordará os mitos e verdades da traqueostomia infantil, os cuidados essenciais com o dispositivo e a importância do acompanhamento multiprofissional. O evento é aberto para profissionais de saúde, estudantes e toda a comunidade.

A importância do atendimento multiprofissional

Crianças e adolescentes traqueostomizados precisam de cuidados integrados e contínuos, que vão além do tratamento médico. O acompanhamento com profissionais como enfermeiros, fisioterapeutas respiratórios, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais é fundamental para garantir o bem-estar da criança e a adaptação da família ao novo estilo de vida, pois a falta de conhecimento adequado sobre o manejo da cânula pode levar a complicações graves, como infecções respiratórias, e até mesmo risco de morte. “Crianças com traqueostomia e suas famílias vivem desafios o tempo todo. Muitas vezes acabam não tendo o atendimento assistencial adequado e podem ficar sem entender os cuidados que são necessários e fundamentais na rotina, trazendo riscos para a saúde do paciente”, explica o otorrinolaringologista Fabiano Gavazzoni, do Pequeno Príncipe.

Aula aberta – “Traqueostomia infantil: a informação é o melhor cuidado”

  • Data: terça-feira, 18 de fevereiro
  • Horário: 19h30

O evento é gratuito, e as inscrições devem ser realizadas por meio do link: https://cursos.multiplicapp.org.br/aula-aberta-traqueostomia-infantil  Parte superior do formulário

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Hospital Pequeno Príncipe é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil. Há mais de cem anos, a instituição filantrópica e sem fins lucrativos oferece assistência hospitalar humanizada e de alta qualidade a crianças e adolescentes de todo o país. Referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, realiza transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea, além de atender em 47 especialidades pediátricas com equipes multiprofissionais.

 

Com 369 leitos, sendo 76 de UTI, o Hospital promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, foram realizados cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. Reconhecido como hospital de ensino desde a década de 1970, já formou mais de dois mil especialistas em diferentes áreas da pediatria.

Além disso, sua atuação em assistência, ensino e pesquisa – conforme o conceito Children’s Hospital, adotado por grandes centros pediátricos do mundo – tem transformado milhares de vidas anualmente, garantindo-lhe reconhecimento internacional. Em 2024, foi listado como um dos cem melhores hospitais pediátricos do mundo e, pelo quarto ano consecutivo, foi apontado como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina pela revista norte-americana Newsweek.

Fonte: Hospital Pequeno Príncipe