Logo após o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, o vice Michel Temer assumiu o cargo de presidente interino pelo prazo de até 180 dias, enquanto corre o processo de impeachment de Dilma. Dessa forma, Temer tem amplos poderes e pode definir a condução da política econômica. O primeiro ato do presidente interino foi divulgar os nomes que vão assumir os 23 ministérios durante o período. Na Saúde, quem vai comandar a pasta será Ricardo Barros (PP-PR), que até o momento exercia o quinto mandato de deputado federal.  O presidente da Femipa, Flaviano Feu Ventorim, disse que a indicação de Barros para o Ministério da Saúde foi recebida de forma positiva pela entidade.

“Ricardo Barros foi prefeito de Maringá, secretário da Indústria e Comércio do Paraná e participou do Conselho Nacional dos Secretários de Desenvolvimento Econômico. Além disso, recentemente ele foi relator do Orçamento 2016. Para os filantrópicos, ter uma pessoa técnica no Ministério da Saúde, ainda que não seja alguém especifico da área da Saúde, mas que traz uma visão econômica de mercado, pode trazer aspectos muito positivos”, declara Ventorim.

Na opinião de José Pereira, vice-presidente da Femipa e superintendente administrativo da Santa Casa de Maringá, Ricardo Barros é um político experiente que traz boa articulação política e tem plena capacidade para fazer uma boa gestão no Ministério da Saúde.

“Barros não só é maringaense, como é nascido na Santa Casa de Maringá. Por isso, ele nutre um carinho especial pela instituição e por todos os hospitais filantrópicos. Além disso, ele é de uma família tradicional da cidade e um dos políticos mais influentes de Maringá. Também exerceu um bom mandato como prefeito e sempre procurou atuar em parceria com os serviços públicos e privados. Enquanto deputado federal, trouxe muitos benefícios e recursos a Maringá e contribuiu muito para o desenvolvimento de nosso município e de toda a nossa região”, comenta Pereira.

Desafios

Por conta do momento político conturbado que vive o Brasil atualmente, tanto o presidente quanto o vice-presidente da Femipa acreditam que o novo ministro da Saúde vai enfrentar muitos desafios ao assumir a pasta.

Para Ventorim, o primeiro passo será estruturar o orçamento do ministério para a demanda que é crescente, em função do aumento do desemprego e da migração de pessoas que antes tinham plano de saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Os desafios dele serão enormes, pois a saúde muito antes da crise econômica do país já vivia uma crise própria. Para os filantrópicos, que representam um volume significativo de atendimento ao SUS, principalmente na média e alta complexidade, precisamos que o ministro busque criar um projeto de sustentabilidade para essas instituições, abrangendo as características que são próprias de cada um, como hospitais de ensino, hospitais de pequeno porte e hospitais gerais”, pondera.

Pereira reforça que melhorar um segmento com sérios problemas não será uma tarefa fácil, ainda mais com um orçamento que está aquém do necessário. “Porém, acredito que Ricardo Barros avançará nas parcerias com o setor privado, especialmente com o setor filantrópico, que é responsável por mais de 50% de todos os atendimentos SUS no Brasil”, avalia.

Para apresentar a situação dos hospitais filantrópicos de santas casas de todo o Brasil ao novo ministro da Saúde, o presidente da Femipa adiantou que a Federação pretende marcar, junto com a CMB, uma audiência com Ricardo Barros. “Temos uma boa expectativa quanto ao trabalho dele e acreditamos que ele vai fazer um bom trabalho à frente do Ministério da Saúde. Vamos tentar marcar essa agenda e levar uma proposta técnica para que ele possa avaliar. A ideia é mostrar a realidade das instituições de Saúde filantrópicas, um dos grandes pilares da manutenção da Saúde no país”, completa Flaviano Feu Ventorim.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa