A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (FEMIPA) estará à frente do mutirão de cirurgias eletivas realizado pelos hospitais filantrópicos do estado – responsáveis por mais de 70% dos atendimentos do SUS – no âmbito do programa Agora Tem Especialistas, que acontece nos dias 13 e 14 de dezembro, em todo o país. 

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, esteve presencialmente no Paraná para o lançamento do Mutirão.  Junto ao presidente da FEMIPA, Dr. Charles London, eles visitaram as instalações do Hospital São Vicente, em Curitiba, que também é filantrópico e participou do Mutirão com XX cirurgias. Estão programadas quase 10 mil procedimentos em todo o Brasil, dos quais 400 devem ocorrer no Paraná neste sábado e domingo.

Ao todo, 15 hospitais em diferentes regiões do Estado fazem parte da ação – desenvolvida em parceria com o Ministério da Saúde, a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

O mutirão tem como objetivo ampliar o acesso da população aos procedimentos especializados, reduzir filas de espera e fortalecer a atuação dos hospitais filantrópicos, que são responsáveis por uma parcela expressiva dos atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná.

De acordo com a FEMIPA, a mobilização reforça o papel estratégico da rede filantrópica na oferta de serviços de média e alta complexidade, especialmente em um momento de esforço nacional para acelerar atendimentos represados e garantir assistência qualificada à população. “A iniciativa integra um esforço conjunto entre União, estados, municípios e a rede filantrópica para ampliar a resolutividade do SUS, garantindo mais agilidade no atendimento, redução das filas e cuidado integral aos pacientes paranaenses”, afirma o presidente da FEMIPA, Dr Charles London.

Serão cirurgias de média e alta complexidade em diversas especialidades, como oncológicas, cardiológicas, urológica, bariátricas, etc., realizadas nas cidades de Curitiba, Colorado, Pato Branco, Umuarama, Toledo, Londrina, Assis Chateaubriand, Prudentópolis e outras.

“Pela primeira vez conseguimos fazer uma união de esforços que envolve 45 hospitais federais da EBSERH e mais de 200 hospitais filantrópicos. E esse esforço político se associa a medidas estruturantes que nós estamos implementando no SUS para fortalecer a atenção especializada para dar melhor cuidado à população, que passa a ter um diagnóstico no tempo correto e tratamento no tempo oportuno”, disse Adriano, durante a visita no Hospital São Vicente para acompanhar o Mutirão.

Massuda também reconheceu o trabalho dos hospitais filantrópicos e Santas Casas no mutirão e nos atendimentos do SUS. 

“Os hospitais filantrópicos têm, desde o início da história do Brasil, uma importância enorme. Temos, por exemplo, as Santas Casas, Santas Casas de Misericórdia, antes mesmo de a gente ter o nosso sistema Único de Saúde. Então, além dessa importância histórica, hoje os hospitais filantrópicos são responsáveis por mais de 60% da produção da atenção especializada no SUS. A gente vem construindo em conjunto, no país e aqui no Paraná, com a Femipa, a qualificação  de cada um. Não só em números, mas também na qualidade da atenção prestada à população. Isso exige maior integração entre as equipes que trabalham na atenção primária em saúde, com a atenção especializada, atenção hospitalar, para ter um segmento de cuidado depois do paciente atendido, ter também um melhor acessibilidade, acolhimento para quem precisa no tempo certo. Então, essa integração é o que a gente busca, além de reconhecer a potência, a capacidade do setor filantrópico em trabalhar junto com o SUS”, reconheceu Adriano.

Filantrópicos – No Paraná, o Mutirão acontecerá em 15 hospitais filiados à Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (FEMIPA): Hospital e Maternidade Santa Clara, de Colorado; Hospital Filantrópico Policlínica de Pato Branco; Hospital de Olhos de Umuarama; HOESP – Hospital Bom Jesus, de Toledo; Santa Casa de Curitiba; Associação Hospitalar Beneficente Moacir Micheletto, de Assis Chateaubriand; Santa Casa de Londrina; Santa Casa de Prudentópolis; Hospital Infantil Pequeno Príncipe; Instituto Madalena Sofia e Hospital São Vicente, em Curitiba.

Como realizar uma cirurgia pelo SUS

Conforme o Dr. Charles London, da Femipa, o caminho é estar vinculado a alguma instituição de saúde, seja uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou algum hospital. Desta forma, quando houver algum mutirão, as secretarias municipais e estaduais de saúde vão chamando os pacientes na ordem da fila de pacientes que ja estão com a autorização de internação hospitalar (AIH) autorizada e pendente de cirurgia.

 

Fonte: Femipa