comsus_renewA Secretaria Estadual da Saúde realizou nesta terça e quarta-feira (22 e 23), em Curitiba, uma oficina de trabalho com representantes dos 25 Consórcios Intermunicipais de Saúde do Paraná. O objetivo foi discutir a mudança no modelo de atendimento ofertado pelos Centros de Especialidades, administrado pelos consórcios.

Neste primeiro momento, o foco será a organização do fluxo de atendimento ambulatorial materno-infantil e às condições crônicas. A prioridade é garantir consultas, exames e acompanhamento multidisciplinar às gestantes e bebês de alto risco e risco intermediário, além de usuários portadores de diabetes e hipertensão.

A oficina é uma das ações do ComSUS, programa estadual que destina recursos para qualificar a atenção ambulatorial secundária no Paraná. Implantado em 2012 pelo governo estadual, o programa prevê investimentos em obras, equipamentos e custeio dos centros de especialidades espalhados pelo Estado

REDES – O diretor-geral da Secretaria, René Santos, explica que o ComSUS fortalece as estruturas de atendimento dos consórcios, transformando-os em pontos estratégicos das redes de atenção que estão sendo implantadas pelo Governo do Estado.

“A política estadual de saúde prioriza o fortalecimento dos serviços de saúde que servem de suporte para a implantação das redes. No caso da Rede Mãe Paranaense, por exemplo, os consórcios cumprem um papel importante no acompanhamento de gestantes e bebês de alto risco e risco intermediário”, explica o diretor.

Segundo ele, a intenção é que o atendimento multidisciplinar ofertado pelos consórcios beneficie também outras áreas, como é o caso das doenças crônicas. “Para isso precisamos reorganizar o fluxo de atendimento, buscando uma integração maior entre os serviços de saúde da atenção primária, secundária e terciária”, destacou.

LINHA DE CUIDADO – Para a superintendente de Atenção à Saúde, Márcia Huçulak, a atuação dos centros de especialidades na Rede Mãe Paranaense já está bem definida e o desafio agora é implantar a linha de cuidado estabelecida para hipertensão e diabetes.

“Grande parte dos usuários com hipertensão e diabetes são acompanhados pelas equipes das unidades da saúde da família, contudo há casos que é necessário atendimento multidisciplinar e queremos que isso seja ofertado nos centros de especialidades”, destacou.

Ao final da oficina foi estabelecido um plano de ação com medidas necessárias para que os consórcios se adequem ao novo modelo de atendimento. O documento detalha o que deve ser feito para que os centros de especialidades se tornem pontos de atenção secundária, conforme preconiza a política estadual de saúde.