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Os hospitais filantrópicos são protagonistas determinantes na política estadual de doação e transplantes, integrando uma rede que salva vidas diariamente e sustenta a maior parte dos atendimentos de alta complexidade no Estado. 

Do total de transplantes realizados em 2024 no Paraná, segundo dados da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (FEMIPA) e do DataSus,  os hospitais filantrópicos foram responsáveis 71,79% dos transplantes de coração, 84,41% dos transplantes de fígado, 83,33% dos transplantes de pâncreas, 69,63% dos transplantes rim, 62,07% dos transplantes de medula óssea e por 34,09% dos transplantes de córnea.  Os transplantes foram realizados em 18 hospitais do Paraná, nas cidades de Curitiba, Londrina, Apucarana, Maringá , Cianorte, Pato Branco e Cascavel.

“A maior parte desses procedimentos ocorreu em hospitais filantrópicos de alta complexidade, responsáveis por manter equipes especializadas, estrutura complexa e atendimento integral aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou Dr.Charles London, presidente da Femipa. Nesta terça-feira (09) ele participou, na Assembleia Legislativa do Paraná, da celebração dos 30 anos da Central de Transplantes do Paraná, proposição da deputada estadual Márcia Huçulak.

A deputada Márcia reforçou o impacto desse sistema, reconhecido nacionalmente pela eficiência, organização e articulação com a rede hospitalar. “Um orgulho para nós receber aqui a Femipa que representa os hospitais filantrópicos e Santas Casas responsáveis por grande parte destas cirurgias de alta complexidade”, enfatizou a deputada.

Paraná é referência em transplantes

Em 2024, pelo segundo ano consecutivo, o Paraná foi líder em percentual de doação de órgãos no Brasil, com 42,3 doadores por milhão da população (pmp, métrica internacional do setor), mais que o dobro da média brasileira. O estado liderou também em número de órgãos efetivamente transplantados: 36 pmp, mais que o dobro da média nacional, de 17,5 pmp.

No ano passado, foram realizados 1.248 transplantes de córnea, 550 de rim (sendo 52 entre vivos), 304 de fígado, 6 de pâncreas e 43 de coração. Além disso, o estado tem a menor taxa de recusa familiar para doação: 28%, contra a média nacional de 46%.

Números que, de acordo com o deputado estadual Tercilio Turini, só são possíveis devido ao trabalho incansável de todos os profissionais da Central de Transplantes.

O desempenho mantém o Paraná entre os estados mais atuantes do Brasil em captação e transplantes por milhão de habitantes.

Três décadas de evolução e vidas transformadas

Criada em 1994, a Central de Transplantes do Paraná completa 30 anos com uma trajetória marcada por protocolos de excelência, inovação, agilidade nas notificações e integração com as Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) e com a rede hospitalar.

Para 2026, a Central de Transplantes projeta avanço no número de procedimentos, em razão da qualificação contínua das equipes, ampliação de leitos especializados e da forte presença dos hospitais filantrópicos na rede estadual.

“A Central é uma obra coletiva dos profissionais que atuam em todas as etapas do processo de transplante: desde a identificação do potencial doador, passando pelo diagnóstico de morte encefálica, acolhimento da família, logística, distribuição dos órgãos aos receptores e o transporte até os locais onde serão transplantados”, destaca Juliana Ribeiro Giugni, coordenadora da Central Estadual de Transplantes.

Para o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (FEMIPA), Dr. Charles London, o marco de 30 anos da Central de Transplantes reforça a importância do setor filantrópico para o Estado.

“Os transplantes realizados no Paraná são fruto de uma rede integrada que funciona com excelência, e os hospitais filantrópicos têm papel decisivo nessa engrenagem. Celebrar os 30 anos da Central de Transplantes é, também, reconhecer o esforço das equipes que atuam todos os dias para transformar histórias e oferecer novas chances aos pacientes”, finalizou.

Fonte: Femipa