Hoje são dez. Somado os novos leitos, as duas unidades hospitalares de Foz do Iguaçu terão 45 leitos de UTI, com a possibilidade de ampliação de oferta para pacientes em situação vulnerável e mais urgente. Até o final do mês julho, o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) aumentará de 10 para 15 o número de leitos da Unidade de Terapia Intensiva para atender pacientes graves da Covid-19. Esses leitos se somarão aos 25 do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, de Foz do Iguaçu, que está abrindo outros cinco. Juntas, as duas unidades hospitalares passarão a oferecer, em poucos dias, 45 leitos de UTI para pacientes com o novo coronavírus. Em relação a leitos de semi-intensivos, o HMCC mantém 12 deles, e o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, outros 12 de transição e 40 de enfermaria, num total de 77.

Os novos cinco novos leitos do HMCC, hoje na ala de semi-intensivo, já estão sendo preparados com ventiladores mecânicos e monitores cardíacos. “A próxima etapa é a contratação de profissionais e o treinamento deles”, explicou o diretor-superintendente do HMCC, Fernando Cossa.

Segundo o coordenador do Grupo de Trabalho Estratégico da Covid-19 da Itaipu, coronel Aureo Ferreira, “o aumento de ofertas de leitos de UTI para pacientes da covid-19 no HMCC é um esforço da Itaipu para ajudar a região como um todo a ter condições de atender pacientes em situação vulnerável”. Segundo ele, o foco é dar prioridade aos casos mais urgentes e evitar um sobrecarga nas unidades hospitalares públicas. “Essa é uma diretriz da atual diretoria de Itaipu alinhada ao trabalho que vem sendo feito pelo governo federal no combate à pandemia”.

Mil pessoas já buscaram atendimento no Costa
Desde o início da pandemia, mais de mil pessoas com síndrome respiratória buscaram atendimento no Costa Cavalcanti. Desses, 97 positivaram para o novo coronavírus. Dos 21 casos internados, 14 deles são de Foz do Iguaçu e sete de outras cidades do Paraná (Santa Terezinha, Medianeira, Santa Helena, Toledo e Cascavel). Doze foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esses leitos não estão cadastrados no sistema, portanto, não há custo nem para o Estado nem para o município. As despesas são arcadas pela Itaipu que investiu R$ 23 milhões no enfrentamento à doença. Parte desse recurso da reestruturação do Costa foi para receber pacientes com o novo coronavírus.

Reestruturação
Há três meses, o Hospital Ministro Costa Cavalcanti passou por uma grande reestruturação para atendimento de pacientes com a doença. O hospital passou a contar com pronto atendimento para queixas respiratórias e com um bloco exclusivo para internações de pacientes com a covid-19, seguindo rigorosamente as indicações técnicas dos melhores centros de referência.

Além disso, o HMCC, por meio de uma parceria com a usina de Itaipu, repassou para o município equipamentos de proteção individual, máscaras cirúrgicas, luvas e monitores, entre outros itens. A diretoria do HMCC também fez um convênio com um hotel para hospedagem de profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia.

Todos os serviços foram reestruturados para estabelecer fluxos seguros nos atendimentos de pacientes com sintomas respiratórios, suspeitos ou confirmados com o novo coronavírus.

Em todos os casos atendidos, o HMCC adotou procedimentos clínicos modernos e atualizados, sempre em linha com Centers for Disease Control and Prevention (CDC-EUA), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), foram usados na recuperação dos dez pacientes que receberam alta do HMCC.

Centro de Medicina Tropical
O Centro de Medicina Tropical do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), mantido pela Itaipu, já fez mais de cinco mil exames de covid-19 desde quando foi habilitado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) a fazer os testes, no dia 27 de abril. Desses, 2.215 exames somente para os municípios da 9ª regional de saúde, que contempla aproximadamente 400 mil pessoas.

Providencial para a obtenção de diagnóstico rápido e confiável, os testes do HMCC também ajudam a traçar um panorama epidemiológico real em Foz do Iguaçu e região, de onde vieram as amostras.

Os testes de PCR para identificação em tempo real da presença do coronavírus são feitos em pacientes internados no HMCC e também nas pessoas que tiveram as coletas feitas pelas secretarias de saúde dos municípios da 9ª Regional de Saúde. As amostras recebidas têm diagnóstico em no máximo 24 horas, mas, normalmente, os resultados saem em 12 horas ou menos.

Foz do Iguaçu
O número de casos confirmados do novo coronavírus em Foz do Iguaçu chegou a 967 nesta quinta-feira, com acréscimo de 71 registros em relação ao boletim anterior da Vigilância Epidemiológica. Dos 967 casos confirmados, 503 já estão recuperados, 423 estão em isolamento domiciliar, 30 pessoas estão internadas e o município também contabiliza 11 óbitos.

Fonte: Assessoria de Comunicação do HMCC