O Hospital São Vicente, em Curitiba, se consolida como a principal referência em transplantes de fígado no Paraná, ocupando o primeiro lugar no estado, segundo a Central de Transplantes. Dos cerca de 300 procedimentos realizados em 2024, 61 foram feitos pela instituição. A cirurgia é essencial para pacientes com doenças hepáticas avançadas, como cirrose e insuficiência hepática, e a fila de espera segue sendo um grande desafio.
Para o Dr. Nertan Luiz Tefilli, coordenador do serviço de transplante hepático do hospital, esse reconhecimento reflete o compromisso contínuo da instituição com a qualidade e a segurança dos pacientes. “A direção entende a importância do transplante hepático para a sociedade e, por isso, sempre incentivou o desenvolvimento do serviço, priorizando a excelência acima da quantidade”, explica.
Ele destaca que o crescimento na procura e no número de procedimentos ocorreu de forma natural, acompanhado pela expansão de todas as áreas envolvidas no processo. “Hoje temos um ecossistema completo no hospital voltado para o transplante de fígado, o que contribui diretamente para os nossos resultados”, conta.
Além da equipe cirúrgica, o hospital conta com profissionais de UTI, anestesistas, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, formando um time multidisciplinar especializado no tratamento de doenças hepáticas.
Referência nacional
O reconhecimento do Hospital São Vicente ultrapassa as fronteiras do Paraná. Segundo o Dr. Nertan, a instituição recebe pacientes de diversas partes do Brasil. “Pessoas com doenças hepáticas graves buscam centros de excelência, onde têm maior segurança de que receberão um tratamento de alto nível e com toda a estrutura necessária”, afirma.
Por isso, o hospital segue investindo na busca pela excelência, especialmente para atender casos de alta complexidade que chegam até a instituição.
Falta de órgãos ainda é um desafio
Apesar dos avanços, o coordenador do serviço alerta para a necessidade contínua de sensibilização sobre a doação de órgãos. “Mesmo com o Hospital São Vicente e o Paraná sendo referência, a escassez de órgãos ainda é um grande obstáculo”, enfatiza. A demanda por transplantes hepáticos é alta, o que faz com que a fila de espera continue crescendo.
Fonte: Hospital São Vicente