Um dos pioneiros a realizar o transplante de medula óssea (TMO) no Brasil, o chefe do serviço de TMO do Hospital Pequeno Príncipe, Eurípides Ferreira, recebeu na noite dessa terça-feira, dia 11, a Comenda Fernando Figueira – Medicina e Ensino Médico, entregue pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília.

A solenidade, realizada há oito anos, prevê homenagear grandes nomes da medicina que se destacam no Brasil pelo compromisso político, técnico, ético, acadêmico, humanitário e social com a profissão, colegas, sociedade e pacientes.

“Eu gradeço a todos que fazem parte da minha caminhada, da minha história. E o Hospital Pequeno Príncipe sempre me apoiou institucionalmente e também individualmente. Estou muito feliz e grato”, revelou o hematologista Eurípides Ferreira.

De acordo com o CFM, as comendas integram as atividades comemorativas do Dia do Médico e materializam uma homenagem permanente às importantes figuras da medicina nacional. Além de Eurípides Ferreira, foram homenageados os médicos Aníbal Gil Lopes (Medicina e Humanidades), Rodrigo d’Eça Neves (Medicina, Literatura e Arte), Malaquias Batista Filho (Medicina e Responsabilidade Social) e Ana Lúcia Escobar (Medicina e Saúde Pública). Além disso, o Paraná estava representado pelo conselheiro federal efetivo do Conselho Federal de Medicina, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, que é também diretor clínico do Pequeno Príncipe.

Do primeiro transplante de medula do Brasil à emoção de transformar vidas

Combater a leucemia na época em que a doença representava diagnóstico fatal, em um país sem estrutura adequada para implantar o tratamento, era mais que um desafio – era uma missão. “Eu queria ser médico desde criança. Minha missão já estava definida”. Com a voz pausada e um sorriso no rosto, o hematologista Eurípides Ferreira responde a uma questão fundamental sem hesitação. O homem que trouxe o transplante de medula óssea para o Brasil sabia, desde sempre, que iria trabalhar para salvar vidas.

Dentre um extenso currículo, Eurípides participou do descobrimento dos antígenos de histocompatibilidade (HLA) trabalhando no Instituto de Genética Médica (Itália) e na Duke University (EUA), possui 60 artigos científicos publicados em revistas indexadas, 360 comunicações em congressos científicos e 25 capítulos em livros de Hematologia e Imunologia. O médico participou da criação do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Pequeno Príncipe em 2011 e lutou para que, em 2016, o centro passasse de três para dez leitos, constituindo-se como a maior unidade do Brasil para crianças, com 90% de sua capacidade destinada a tratamentos de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Hospital Pequeno Príncipe