Nesta terça-feira (19), o 28º receptor de transplante cardíaco do Hospital Filantrópico Policlínica (HFP) esteve em Pato Branco para consulta de rotina. Ariel Ortiz Britez, 35 anos, natural do Paraguai e morador de Foz do Iguaçu, ele passou por transplante de coração no dia 17 de janeiro, após a captação de órgão de um paciente de 24 anos com morte encefálica.
A equipe do Serviço de Transplante Cardíaco do Hospital Filantrópico Policlínica fez a captação do órgão e, também, realizou o procedimento cirúrgico em Ariel Britez. Após a consulta de rotina, que se repete a cada 15 dias, Ariel e integrantes da equipe médica que realizou o transplante falaram com a imprensa.
Ariel, que conviveu com problemas no coração por cinco anos, conta que ficou cerca de três anos na fila de espera. Por conta da doença, não conseguia respirar normalmente, sentia falta de ar e inchaços no corpo.
“Tive um vírus que resultou em miocardite. Estou me recuperando muito bem desde o transplante. Consigo fazer caminhada, tudo normal. Gostaria de agradecer a família que autorizou a doação. Muito obrigado. Infinitamente”, declarou Ariel.
O cirurgião cardiovascular Rinaldo Wolker, chefe do Serviço de Transplante Cardíaco do Hospital Filantrópico Policlínica (HFP), explica que Ariel sofreu de uma doença chamada
miocardiopatia dilatada, resultado de uma infecção viral que comprometeu o miocárdio, o que faz o coração crescer.
“[A miocardiopatia] É uma doença que é progressiva e a única possibilidade de tratamento que ele tinha naquele momento seria o transplante. E tivemos circunstâncias que contribuíram para o sucesso do procedimento. Ariel é um paciente jovem e o doador do órgão também era uma pessoa jovem, muito forte, saudável. Também contribuiu positivamente para a evolução o fato de a retirada do órgão ter sido realizada aqui em Pato Branco”, observa Rinaldo Wolker.
O médico anestesiologista Ivai Azevedo também fez parte da equipe de profissionais que realizou o 28º transplante de coração em Pato Branco e comentou sobre as particularidades do procedimento.
“É uma cirurgia complexa, difícil mesmo, mas a gente fica com um pouco mais com responsabilidade por ser um transplante. Acho que com aquela obrigação de que tem que dar certo. Mas, temos equipe experiente e bem treinada. Existem muitos profissionais envolvidos, médicos e da Enfermagem, para que o paciente ficar o melhor possível.”
Fonte: Hospital Filantrópico Policlínica