De acordo com a World Obesity Federation (organização voltada para a prevenção e tratamento da obesidade) até 2030, o Brasil deverá ter 30% de sua população obesa. Para falar sobre formas de prevenção e tratamento foi criado o Dia Mundial da Obesidade, marcado em 4 de março.

A data lembra outra enfermidade: o diabetes. De acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil ocupa a quinta posição de maior população com a doença no mundo, com 16,8 milhões de pacientes na faixa etária de 20 a 79 anos. Até 2030, o número pode avançar para 21,5 milhões de diabéticos. Sozinhos, tanto um problema quanto o outro, podem causar complicações, mas, associados podem ser muito mais sérios.

“O diabético obeso tem duas doenças graves e, frequentemente, se enquadra num grupo de condições chamado de Síndrome Metabólica, que se associa a maior risco de doenças cardiovasculares. O diabetes, principalmente o de longa data e com mal controle, pode provocar um conjunto de complicações de grandes vasos do corpo, resultando em infarto, acidentes vasculares cerebrais (derrames) e lesões nos rins. Da mesma forma, também é a principal causa de cegueira adquirida no mundo, assim como de amputações de dedos e pés, decorrentes de lesões vasculares periféricas. Por isso, o controle deve ser rígido”, alerta o Dr. Antonio Carlos Rosa de Sena, cirurgião bariátrico do Hospital São Vicente.

A sua associação com obesidade é uma característica mais comum entre aqueles que têm diabetes do tipo 2. Esse tipo é o mais comum (atinge cerca de 90% da população de diabéticos) e pode ser prevenido, já que é adquirido durante a vida. “O diabético do tipo 2 depende do peso do indivíduo. E quando nós falamos em peso, não é só o que está na balança, mas também a distribuição da gordura no organismo. Por exemplo, uma pessoa de 80 quilos com obesidade visceral (isto é, acúmulo de gordura entre os órgãos da barriga, com pernas e braços finos) pode ter um quadro mais grave que outra de 120 quilos com gordura mais concentrada no quadril e nas coxas”, salienta.

Caracterizada pelo acúmulo de gordura, o que acarreta sobrecarga ao organismo, a obesidade é considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS). As formas de tratamento podem ocorrer por mudança comportamental – com a perda de peso pela alimentação balanceada e exercícios físicos – ou procedimento cirúrgico.

O paciente só será indicado para cirurgia bariátrica se for classificado com obesidade mórbida, ou seja, em o IMC (Índice de Massa Corpórea) maior de 40 ou 35 com doenças associadas. Para fazer o cálculo é preciso dividir o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros).

Dr. Sena explica que em caso de cirurgia será preciso acompanhamento com uma equipe especializada composta por nutricionista, psicólogo e cirurgião bariátrico, entre outros profissionais. “A operação faz parte de um processo, com acompanhamento adequado e realizado para o resto da vida”, afirma.

Sobre o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF

O Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, formado pelo Hospital São Vicente Curitiba, fundado em 1939, e pelo Hospital São Vicente CIC, inaugurado em 1973, atende a diversas especialidades, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. Referência em transplantes de fígado e rim e nas áreas de Oncologia e Cirurgia, desde 2002 o Grupo é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).

O Hospital São Vicente Curitiba é um hospital geral de alta complexidade. Em uma estrutura moderna, conta com pronto-atendimento, centros médico, cirúrgico e de exames, UTI, unidades de internação e centro de especialidades. Possui o selo de certificação intermediária de transplantes hepático e renal da Central Estadual de Transplantes do Paraná e seu programa de Residência Médica é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.

A instituição integra ainda a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais informações no site www.saovicentecuritiba.com.br.

Fonte: Hospital São Vicente