O presidente da CMB, Mirocles Véras, foi um dos debatedores do Summit Saúde & Bem-Estar 2022, realizado pelo Estadão na manhã desta quinta-feira (20), 100% on-line. Tido como o maior e mais relevante evento de Saúde do País, Véras integrou o painel intitulado “Sustentabilidade do setor saúde no pós-pandemia”, mediado pela jornalista Roberta Jansen e do qual participaram também o diretor de Saúde Populacional do Hospital Sírio-Libanês, Daniel Greca; o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) e diretor-presidente da Bradesco Saúde, Manoel Peres e o professor de Gestão e Políticas de Saúde da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, Walter Cintra Ferreira Junior.

Durante o debate, Véras ressaltou o importante papel das Santas Casas e hospitais filantrópicos, que atendem a 50% da demanda de média complexidade do SUS (Sistema Único de Saúde) e 70% da alta complexidade. Na pandemia, o presidente da CMB lembrou o esforço das instituições para atender aos pacientes da Covid-19, disponibilizando leitos e fazendo ação para importar medicamentos em período de escassez.

Com uma tabela de procedimentos SUS defasada há quase duas décadas e tendo que conciliar o atendimento à pandemia e de todas as outras demandas, a situação financeira das entidades se agravou e Véras salientou a necessidade da discussão de uma nova forma de financiamento, que possa garantir a sustentabilidade do setor filantrópico. “Essa que existe hoje está ultrapassada. A sustentabilidade do nosso setor precisa ser tratada de uma forma emergencial e é o que temos levado ao Executivo, Legislativo, Ministério da Saúde e ao Conass (Conselho Nacional de Secretarias de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde)”, falou. “As entidades filantrópicas estão fazendo o papel do Estado, estamos bancando a saúde pública no Brasil. Essa estrutura (remuneração) precisa ser repensada de forma muito efetiva, temos que rediscutir a forma de financiamento”, completou.

Fonte: CMB