capacitação mae paranaenseA Secretaria da Saúde realizou em Curitiba, de quarta-feira (17/07) até sexta-feira (19), o primeiro Encontro Estadual de Vigilância do Óbito Materno e Infantil da Rede Mãe Paranaense. O evento reuniu cerca de 200 técnicos das áreas de Vigilância em Saúde e Atenção Primária do Estado e dos municípios com o intuito de desencadear ações que reduzam ainda mais os índices de mortalidade materno-infantil. Em dois anos, o índice de mortalidade materna no Paraná reduziu 41% e a infantil cerca de 4%.

O Governo do Estado quer evitar que as mulheres morram em decorrência de problemas relacionados à gravidez. A qualificação de profissionais é um dos três pilares da Rede Mãe Paranaense, junto com os investimentos e os recursos para custeio. Este encontro proporcionou a troca de experiências entre as áreas da Saúde. “A notificação e investigação das mortes maternas e infantis são fundamentais para a tomada de decisões e definições de novas estratégias, pois almejamos alcançar índices de mortalidade infantil inferiores a 10 para cada mil nascidos vivos”, afirma a superintendente de Atenção à Saúde, Márcia Huçulak.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, afirmou que a área trabalha para qualificar a vigilância dos óbitos maternos e infantis, notificando todas as mortes de mulheres em idade fértil e investigando as principais causas, principalmente as evitáveis. “Considero de extrema importância o papel dos comitês na prevenção da mortalidade materna e infantil, tanto do Estado quanto dos municípios”, afirmou.

Para o coordenador-geral de Informação e Análise Epidemiológica do Ministério da Saúde, Juan José Cortez Escalante, alguns estados apresentam redução nos índices e um deles é o Estado do Paraná. “É importante ressaltar o trabalho de integração entre as áreas de vigilância, de assistência e de atenção básica. Essa união é que faz com que as ações sejam mais efetivas. O Paraná está no caminho certo”, disse.

A enfermeira da 7ª Regional de Saúde, Andressa Pipino, apresentou a experiência exitosa do município de Pato Branco na redução da mortalidade materna. “Começamos a desenvolver o nosso trabalho com o monitoramento das gestantes para cuidar tanto da qualidade da gestação quanto da prevenção da mortalidade. Desde 2011 não temos nenhuma morte materna. Porém, precisamos reduzir o índice de mortalidade infantil, que está muito alto (13,71 em 2012). O índice do Estado do Paraná é 11,6.

Ela ressaltou que a interação também é feita com os hospitais da região. São 15 municípios e sete hospitais, sendo que dois são referências para o atendimento de gestantes de alto risco. A equipe mantém o contato com as enfermeiras e faz visitas técnicas para apresentar a linha guia do Mãe Paranaense. “Nestas visitas, mostramos os dados de mortalidade do município, como funciona a estratificação de risco da gestante e o porque daquele hospital ser classificado como de atendimento para gestantes com risco habitual, por exemplo. Isso possibilita que os hospitais também nos ajudem a esclarecer o motivo das mortes e modificar a conduta caso ocorra outro caso parecido”, explicou.

Rede Mãe Paranaense – Lançada em maio de 2012, a Rede Mãe Paranaense completou um ano com ações de pré-natal e de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças, especialmente no primeiro ano de vida. O objetivo da rede é reduzir as mortes de mães e crianças em todas as regiões do Estado.

Em dois anos, o Paraná já conseguiu reduzir o índice de mortalidade materna em 41,87%, a maior redução dos últimos 20 anos. Em 2012, mais de R$ 90 milhões foram investidos para a implantação da Rede Mãe Paranaense e está prevista a aplicação de mais R$ 126 milhões neste ano.

Fonte: Sesa