Dados do Imperial College de Londres, divulgados nesta terça-feira (20 de julho), mostram que a taxa de transmissão do coronavírus subiu no Brasil: saiu de 0,88 na semana passada para 0,95 nesta. Isso significa que 100 pessoas infectadas pelo vírus podem disseminá-lo para outras 95.

A taxa de transmissão abaixo de 1 é um dos índices que mede o avanço da pandemia. Estar abaixo desse nível significa controle e, quanto menor o número, maior o freio no avanço no número de casos. Uma maior taxa de transmissão está relacionada com uma maior circulação de pessoas e uma maior exposição ao vírus.

Em contrapartida, o país está verificando queda no número de mortes por Covid-19, com a média de óbitos atingindo o menor patamar desde fevereiro. A análise foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e também divulgada nesta terça-feira.

Segundo a Fiocruz, o número de mortes diárias por Covid-19 no país, segundo a média móvel de sete dias, chegou a 1.192 em 20 de julho. Esse é o menor patamar desde 27 de fevereiro, quando houve uma média de 1.178 óbitos.As mortes também registraram quedas de 23,5% em relação a duas semanas antes e de 42,2% na comparação com um mês atrás.

A média de 20 de julho está abaixo da metade do pico da pandemia anotado em 12 de abril deste ano, quando os óbitos diários atingiram 3.124. Apesar disso, ainda se encontra acima do número mais alto observado em 2020 (1.097 em 25 de julho daquele ano).

O número de casos, também segundo a média móvel de sete dias, chegou a 38.206 ontem, o menor nível desde 6 de janeiro (36.376). Foram observados recuos de 21,7% em relação a 14 dias antes e 48,1% na comparação com um mês atrás. A média móvel de sete dias é calculada pela Fiocruz através da soma dos registros do dia em questão com os seis dias anteriores e da divisão do resultado por sete.

Especialistas vêm apontando que essas reduções estão relacionadas com o avanço da vacinação contra Covid-19 no Brasil, mesmo ainda com a maior parte da população sem a aplicação de pelo menos uma dose ou com o esquema vacinal completo.

* Com informações do portal UOL e da Agência Brasil

Fonte: Saúde Debate