A sustentabilidade do sistema de saúde está ameaçada. Essa foi a sensação compartilhada pelos participantes do Intercâmbio de Ideias “Visão de quem compra x visão de quem vende”. “Se você pegar cada elo do setor e perguntar: você está satisfeito. A resposta vai ser unânime – não. Ninguém está ganhando. O sistema caminha para quebrar”, diz Adalton de Sena Almeida, do plano de saúde Uniplam.

E, de fato, os hospitais operam com margens apertadas, assim como os planos de saúde. A maioria dos médicos é mal remunerado e o País destina poucos recursos – cerca de 8% do PIB – para o setor, que movimenta cerca de R$ 180 bilhões por ano.

A área de Recursos Humanos das empresas parece ser um importante player para a conscientização do beneficiário em relação à prevenção e promoção à saúde, fator que contribuiria para diminuir os desperdícios do segmento.

“A participação da empresa junto à seguradora de saúde é fundamental para o melhor serviço”, afirma o diretor de inovações em prestadores e clientes da SulAmérica, Roberto Cardoso, um dos coordenadores da mesa de discussão. Cuidar da saúde e não da doença é o novo conceito defendido pelos líderes da áreas, mas que exige uma drástica transformação cultural e, consequentemente, no modelo assistencial. Cardoso cita exemplos de empresas que implementaram, por exemplo, programas de combate ao de sedentarismo aos funcionários.

Iniciativas desse tipo contribuem para a redução de custos em toda a cadeia de valor da saúde.

A diretora de Recursos Humanos da construtora Andrade Gutierrez, Cibele Fonseca, apresentou aos participantes como é feita a gestão dos cerca de 120 mil funcionários e beneficiários do Bradesco Saúde.

“Nos preocupamos com a gestão da saúde dos funcionários desde a prevenção até a utilização do plano de saúde”, comenta.

Quatro aspectos chaves foram apontados por Cardoso para a sustentabilidade do sistema:
1. Compartilhamento da gestão de saúde entre todos. Cliente/segurado x operadoras x prestadores
2. cuidado da saúde x doença
3. proximidade no relacionamento entre operadoras x prestadores
4. Novas formas de contratação. Fee for service x outros

Atualmente a SulAmérica possui cerca de 2,5 milhões de clientes em todo o Brasil.

Fonte: Saúdeweb