A adoção de um protocolo de procedimentos que vai desde o instante em que o paciente dá entrada em uma unidade de saúde até o momento da alta é capaz de garantir maior segurança e melhor atendimento em clínicas e hospitais.

O assunto foi tema da palestra intitulada “Estratégias para a construção de sistemas de saúde mais seguros e eficientes”, proferida pelo diretor de mercado e comunicação da Unimed PR, Durval Francisco dos Santos Filho, no primeiro dia do 17º. Seminário Femipa, na sede da Associação Médica do Paraná (AMP), em Curitiba. A apresentação aconteceu na sala temática Gestão de Assistência e Segurança do Paciente.

Desde 2014, a Unimed PR possui um programa que visa evitar acidentes e intercorrências em unidades de saúde. Fazem parte do mesmo 54 clínicas e hospitais sediados em diferentes cidades do Paraná. As instituições são convidadas a seguir uma série de etapas de um amplo protocolo de atendimentos e, desta forma, conquistar diferentes pontuações, que por sua vez lhes resultam em qualificações.

“As estratégias para a construção de sistemas de saúde mais seguros e eficientes envolvem desde a identificação do paciente, o motivo que o fez procurar a clínica ou hospital, a decisão sobre o médico para o qual ele será encaminhado, definição dos procedimentos que ele necessita fazer, diagnóstico, entre uma série de outras questões e informações”, diz Durval.

Segundo o diretor de mercado, a reorganização do trabalho e a adoção de um protocolo eficaz gera melhorias na Medicina como um todo. Aos pacientes e familiares, fica evidente a maior satisfação com o atendimento prestado. Ao profissionais que atuam na área da saúde, são possibilitadas melhores condições laborais. O resultado é redução de custos tanto às clínicas quanto aos hospitais, principalmente no que diz respeito aos internamentos. “O número de leitos ocupados consequentemente passa a ser menor e há redução do número de diárias pagas desperdiçadas”.

Através do programa, são promovidos diagnósticos institucionais; treinamentos e capacitações; adoção de ferramentas que possibilitem segurança; e monitoramento contínuo. Os principais desafios encontrados durante a implantação costumam ser as complexidades inerentes ao setor de saúde, o aumento da demanda por serviços eficientes, a integração entre os múltiplos atores que fazem parte do sistema de saúde e também alinhamento entre os diversos softwares utilizados nas clínicas e hospitais.

Comunicação

Também envolvendo a questão da segurança, foi proferida, logo após a apresentação de Durval, a palestra “Comunicação e Identificação Segura”, com apresentação do consultor e mestre em enfermagem Marcos Reis. Ele definiu a comunicação efetiva como uma das principais metas internacionais de segurança do paciente, assim como a identificação segura.

No total, são seis metas, estabelecidas no ano de 2006 pela Joint Commission International (JCI) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As outras quatro são: melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos; redução de risco de infecções; e diminuição do risco de quedas e lesões.

“Falhas na comunicação levam a erros assistenciais, como exames não realizados, cirurgias em em locais errados, entre outros problemas. Isso gera danos ao paciente e aumento de custos”, afirma Marcos. De acordo com ele, a boa comunicação em ambientes de saúde enfrenta uma série de obstáculos. Entre eles, diferentes entendimentos entre os profissionais de culturas e níveis diversos; a forma de comunicação com pacientes e familiares, que não pode ser nem muito simplista, nem muito técnica; e os ruídos envolvidos na comunicação entre integrantes de diferentes gerações. “A comunicação efetiva está diretamente ligada à correta identificação do paciente e à eficácia em seu atendimento”.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Cintia Vegas