No 17º Prêmio FEMIPA de Melhores Práticas e Criatividade, o primeiro case apresentado, na Classe 1, foi sobre o Índice de Satisfação do Fornecedor (ISF), destacando a importância da transparência e do alinhamento estratégico entre hospitais e seus parceiros comerciais.
O Hospital Erastinho adotou a metodologia ISF para assegurar o fornecimento contínuo de insumos críticos ao tratamento oncológico e aprimorar a eficiência da cadeia de suprimentos. O projeto, na classe 1, envolveu o envio de um questionário baseado no manual da ONU a 53 fornecedores estratégicos, avaliando clareza nas negociações, pontualidade nos pagamentos e confiabilidade. O índice geral de satisfação foi de 83%, com destaques para gestão de pedidos (94%) e resolução de problemas (91%). Identificaram-se oportunidades de melhoria na comunicação sobre pagamentos (81%) e em oportunidades de negócios futuros (74%). O êxito levou à expansão do ISF para outros prestadores, consolidando-o como ferramenta essencial na gestão hospitalar.
Na sequência, foi iniciada a apresentação dos cases concorrentes na classe 2. A primeira ficou por conta da Santa Casa de Curitiba, com o case “Farmacoeconomia associada à prescrição segura nos produtos farmacêuticos”, conduzido por Letícia Grabowski, coordenadora de Farmácia.
O projeto demonstra como a gestão eficiente dos medicamentos impacta a sustentabilidade financeira e a qualidade da assistência. “A farmacoeconomia otimiza gastos sem comprometer a qualidade”, explicou Letícia. O hospital realizou intervenções rigorosas, analisando 100% das prescrições para ajustes de doses e substituição de medicamentos caros. A adoção de protocolos para antibióticos reduziu riscos aos pacientes e gerou uma economia de R$ 1,15 milhão em 2024. A aceitação das intervenções pela equipe médica, atualmente em 80%, deve ser ampliada com investimentos em educação e feedback estruturado.
O gerente de suprimentos da AEBEL – Associação Evangélica Beneficente de Londrina, Vinícius Garcia, apresentou o terceiro case da programação: “Transformando contratos em parcerias e resultados financeiros”. Na ocasião, contou sobre a complexidade na relação com fornecedores, exigindo uma abordagem estratégica para otimizar contratos e gerar ganhos financeiros expressivos.
Os resultados foram notáveis: redução de custos diretos em quase R$ 2 milhões, melhora na eficiência operacional e aumento da satisfação dos fornecedores. A abordagem também impactou positivamente a qualidade do atendimento aos pacientes, assegurando a disponibilidade de insumos essenciais e fortalecendo a sustentabilidade financeira da instituição.
Para finalizar, a farmacêutica Isabella Cristina Ribeiro Carvalhaes, do LPCC – Hospital Erasto Gaertner, apresentou o case Otimização no processo de manipulação de medicamentos oncológicos: redução de perdas e impacto ambiental, destacando a importância dessas ações processo de manipulação de medicamentos oncológicos. A estratégia visou reduzir perdas de doses manipuladas com antecedência, que eram desperdiçadas devido a faltas e intercorrências de pacientes. “Começamos a produzir as doses no momento em que o paciente chegava ao ambulatório”, explicou Letícia.
Como resultado, as doses descartadas caíram de 669 para 259 em quatro meses, houve redução de 100 kg de resíduos químicos e economia de R$ 15.000 para R$ 3.900. Também foi criada uma sala para análise antecipada das prescrições, garantindo maior segurança ao paciente e menos falhas. “Agora, conseguimos distribuir melhor as tarefas, tornando o ambiente mais eficiente”, conclui.
Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Ana Reimann