O Governo do Estado está orientando os serviços de saúde do Paraná para que reforcem as medidas de controle de infecção hospitalar. O motivo é o risco da introdução de um novo tipo de bactéria multirresistente no Estado, a NDM (New Delhi metallo-beta-lactamase), que já foi registrada em março no Rio Grande do Sul.
A NDM é uma enzima bacteriana que torna o microorganismo extremamente resistente a grande parte dos antibióticos. Com isso, o medicamento indicado para o tratamento do paciente pode não fazer o efeito desejado. A NDM já circula em diversos países do mundo e foi identificada pela primeira vez em 2008 na Índia.
O Laboratório Central do Estado do Paraná está preparado para identificar a nova bactéria. A nova metodologia foi validada pelo laboratório e todas as amostras que chegam dos serviços de saúde já são submetidas a essas análises. Assim como a KPC, a NDM pode ter se desenvolvido a partir do uso excessivo e indiscriminado de antibióticos.
Segundo o coordenador do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana, as medidas preventivas contra a NDM são as mesmas de qualquer outro tipo de infecção hospitalar. “A higiene dentro do ambiente hospitalar é essencial. Todos os profissionais devem estar atentos aos procedimentos indicados para o controle de infecção hospitalar”.
As infecções hospitalares são consideradas as principais causas de morbidade e de mortalidade nos serviços de saúde. Além disso, contribuem para aumentar o tempo de hospitalização do paciente, elevando o custo do tratamento.
As orientações foram apresentadas em uma videoconferência que reuniu regionais de saúde, hospitais e secretarias municipais de saúde.
Para diminuir o risco de infecções, veja algumas recomendações:
– Higiene das mãos ANTES e APÓS o contato com o paciente
– Higiene das mãos APÓS o contato com áreas próximas ao paciente
– Utilizar, se possível, álcool gel
– Evitar sentar no leito do paciente ou camas vagas ao lado
– Utilizar o jaleco/avental somente nos ambientes hospitalares
– Manter cabelos presos e unhas curtas
– Profissionais devem retirar brincos, pulseiras anéis, relógios e correntes durante o manejo com o paciente
– Evitar levar flores e alimentos aos pacientes
– Se possível, não levar crianças nas visitas ao hospital
Fonte: Sesa