O secretário de Estado da Saúde do Paraná, Carlos Alberto Gebrim Preto, participou na manhã desta quinta-feira, 12, da abertura oficial do 13º Seminário Femipa. O secretário anunciou que a partir do dia 1º de maio serão realizadas mudanças na secretaria para estabelecer um fluxo de pagamento com datas previamente agendadas, uma demanda constante das instituições de saúde filantrópicas. “Quero compor essas datas com vocês antes. O recebimento tem que ser previsto, porque os hospitais precisam contar com essa seriedade da parte do estado para receber os recursos em dia”, afirmou.

Ele garantiu que o governo estadual acredita que o caminho é o diálogo. “Se isso não for feito, estamos comprometendo estruturas já existentes, como as dos hospitais filantrópicos”, disse Beto Preto. Nesse sentido, o secretário falou sobre o Planejamento Regional Integrado (PRI), um processo iniciado em 2018 pela Secretaria de Saúde para fortalecer as regiões de Saúde e as macrorregiões e melhorar o acesso e a resolubilidade da atenção à saúde por meio da organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e suas linhas de cuidado. Sobre o assunto, Beto Preto afirmou que o controle social e os prestadores de serviço participarão da segunda etapa do plano.

“Queremos montar essa condição a partir da base, discutindo com os municípios o seu lócus regional e, dentro disso, as necessidades sanitárias diante de realidades diferentes. Começamos a discutir isso a partir das regionais de saúde, no interior. Agora, na segunda parte, as instituições sem fins lucrativos vão participar, pois não se consegue fazer atendimento hospitalar no Paraná sem conhecer a posição dos hospitais filantrópicos, que são maioria em atenção de média e alta complexidade. Esse diálogo é parte fundamental. Todos terão direito à manifestação, momento de diálogo franco e de indução dos caminhos que temos que percorrer. É assim que poderemos apresentar um plano e conseguir alavancar soluções para o Paraná”, garantiu.

Ainda na palestra, para demonstrar a importância que as instituições de Saúde filantrópicas têm para o Estado, Beto Preto destacou que 39% dos hospitais do Paraná são sem fins lucrativos e que 52% dos leitos ativos estão dentro dessas entidades. Além disso, ele lembrou que 55% dos internamentos na média complexidade e 65% na alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS) são feitos pelos filantrópicos; e que as instituições são responsáveis por 28% da produção ambulatorial na média complexidade e 40% da produção na alta complexidade. Na ocasião, o secretário também prestou contas do que foi realizado até aqui e citou que todos os recursos foram mantidos, lembrando que o governo investiu R$ 110 milhões para os hospitais filantrópicos em obras e equipamentos.

Ao fim da palestra, o presidente da Femipa, Flaviano Feu Ventorim, entregou ao secretário um documento preparado pela Federação com alguns pleitos, como a criação do grupo permanente sugerido pelo governador em dezembro de 2019 e alguns avanços nas questões financeiras. “São situações gerais que precisam de atenção”, afirmou.

Doenças

Na palestra, Beto Preto também citou que a Saúde vem passando por um momento diferente, com novas tecnologias que estão chegando e que a cada dia trazem propostas diferentes para o dia a dia das instituições. Mas, ao mesmo tempo, o sistema enfrenta a volta do sarampo e da febre amarela, o aumento exponencial dos casos de dengue e a chegada do COVID-19. “Estamos no meio do enfrentamento de diversas situações diferentes. Precisamos de ajuda de todos”, declarou.

Abertura

A cerimônia de abertura do 13º Seminário Femipa aconteceu na manhã do dia 12 de março, no auditório principal da Associação Médica do Paraná. Compuseram a mesa de autoridades o presidente da Femipa, Flaviano Feu Ventorim; o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto; o presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar), Rangel da Silva; o diretor-geral da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Mario Homsi, que representou o presidente Mirocles Campos Véras Neto; o presidente da Associação Médica do Paraná, Nerlan de Carvalho; e o diretor de Mercado e Comunicação da Unimed Paraná, Dr. Alexandre Gustavo Bley.

Para Ventorim, o Seminário Femipa é um dos mais importantes do segmento no país, porque consegue reunir diversas mentes brilhantes. “Estamos hoje num momento ímpar. Estar aqui com todos os segmentos que cuidam da saúde do povo brasileiro é algo que merece destaque. Por isso, tenho certeza que esse será mais um evento de sucesso”, garantiu.

Mario Homsi destacou a importância de discutir temas atuais e de mostrar, no encontro, a relevância dos hospitais para o setor de Saúde. “A iniciativa da Femipa, como todos os anos, é louvável, pois não são todas as instituições que conseguem se organizar para um evento dessa magnitude. Temos um espaço para compartilhar os nossos desafios, contamos com a presença do Ministério da Saúde. Podemos sentir as necessidades, as dificuldades, compartilhar isso entre os diferentes órgãos. O evento uma oportunidade ímpar”, afirmou.

Rangel da Silva disse que o evento é uma oportunidade de as instituições se posicionarem na conjuntura atual, avaliando o cenário da saúde no país e no Paraná. “Também é um excelente espaço de aprimoramento de gestão, de troca de experiências, de desenvolvimento de negócios, com a participação de empresas que sempre trazem as últimas e grandes novidades, possibilitando o fechamento de novas parcerias e fortalecimento daquelas que já temos”.

Nerlan de Carvalho reforçou a qualidade do evento. “O Seminário Femipa sempre traz assuntos atualizados e importantes para o segmento. Assim, os participantes podem acompanhar todas as condutas e buscar o melhor no atendimento”, disse.

Para fechar a cerimônia, Dr. Alexandre Gustavo Bley garantiu que é uma grande satisfação para o Sistema Unimed estar na correalização de um seminário tão importante. “Entedemos a relevância que o evento tem para o segmento saúde. Mas muito mais do que isso, essa é uma oportunidade de estreitarmos a relação do Sistema Unimed com os hospitais. Queremos construir um momento diferente, que possa ser sustentável para toda a cadeia de saúde”, completou.

Fonte: Assesoria de Imprensa Femipa - Interact Comunicação