Em 28 de abril é celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e, ao longo de todo o mês, a campanha foca na conscientização para a prevenção dos acidentes em ambientes profissionais.

Dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Organização Internacional do Trabalho e de outros órgãos do governo federal, divulgados no fim do mês passado, apontam que, em 2022, o setor de atendimento hospitalar liderou o ranking com maior número de acidentes de trabalho, com 55.697 registros. Já a ocupação mais frequentemente citada em notificações de acidentes de trabalho foi a de técnico de enfermagem – com 36.532 casos.

O levantamento também destaca como o terceiro agente causador mais presente nas ocorrências relacionadas à acidentes no local de serviço, o contato com pessoas doentes ou material infectocontagiante (23.521 notificações).

“A enfermagem realmente é uma das principais funções entre as de maior risco de acidentes, já que está exposta a questões biológicas, físicas, químicas e de contato com materiais perfurocortantes. Por isso, é preciso que os hospitais atuem constantemente com ações para a conscientização e a promoção de um ambiente seguro de trabalho”, fala o presidente do SINDHOSFIL (Sindicato das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo), Edison Ferreira da Silva.

O dirigente do sindicato pontua as consequências dos acidentes de trabalho, para muito além do viés físico. “Envolve não somente aspectos físicos, mas psicológicos, sociais e econômicos. O afastamento do trabalho traz impacto a todas essas questões e também ao empregador, que precisará substituir o funcionário temporariamente para que a prestação de serviço não fique prejudicada. É uma situação que tem efeito cascata”, diz. “Por isso, a prevenção de acidentes é um assunto que deve ser reforçado frequentemente com os profissionais da saúde, pois os impactos são muitos, tanto para o contratado, quanto para o contratante. Prevenir sempre será melhor do que remediar”, conclui.

*Informações Assessoria de Imprensa

Fonte: Saúde Debate