Lançado pela FEMIPA, em parceria com a 8SR Gestão & Valor em Saúde, o Programa de Atualização dos Gestores da Saúde (PROAGS-PR) tem oferecido capacitação para fortalecer a gestão das instituições filantrópicas de Saúde do Paraná. Estruturado em cinco módulos presenciais, o PROAGS-PR busca proporcionar aos participantes uma visão sistêmica da gestão hospitalar. Além do conteúdo teórico, os instrutores estimulam a troca de experiências, o que ajuda a fortalecer o modelo de gestão do hospital. Em maio, aconteceu o módulo “Formatação e Gestão de indicadores estratégicos”, nas cidades de Curitiba, Cascavel e Maringá. Mais uma vez, as vagas foram todas preenchidas, com auditórios cheios em todas as capacitações.

Para Marcos Reis, sócio-diretor da 8SR Gestão & Valor em Saúde e um dos palestrantes do programa, o cenário atual está marcado por desafios, e o conhecimento tornou-se um diferencial essencial para a sustentabilidade do hospital.

“O programa vem ganhando força e crescendo desde o primeiro módulo. Trabalhar a formação em saúde, hoje, é essencial. Temos diversos desafios financeiros e assistenciais e, para atendê-los, é preciso ter uma equipe constantemente em treinamento”, afirmou Reis.

Segundo ele, se não houver investimento constantemente em desenvolvimento, em buscar formas de trazer novos recursos para dentro do hospital, “rapidamente ficaremos obsoletos, porque o mundo está mudando numa velocidade difícil de acompanhar”, ressaltou.

Até agora, três módulos do PROAGS já foram realizados. O primeiro abordou gestão financeira, receitas e custos, como trazer recursos para dentro no hospital. O segundo focou governança clínica, mostrando como obter os melhores resultados com os recursos disponíveis. Já o terceiro, realizado em maio, tratou da formatação e gestão de indicadores estratégicos, tema que, segundo o palestrante, é fundamental em tempos de excesso de informação.

“Hoje, temos inteligência artificial, automatização dos processos etc. Isso tudo trouxe uma quantidade muito grande de informação. Mas, às vezes, os gestores têm dificuldade de utilizá-la da melhor forma, porque não entendem a base. Se não entendem a base, como o indicador é construído, qual sua finalidade e como ele se relaciona com a prática e com o resultado, o painel de indicadores vai ser bonito, mas não funcional”, garantiu.

Por isso, ele explicou que o objetivo do terceiro módulo foi justamente explicar essa base para que as pessoas entendam, de forma adequada, como utilizar as ferramentas disponíveis no hospital, tanto uma tecnologia BI como uma simples planilha. “O importante é entender como fazer a gestão e criar uma base para poder usar da melhor forma essa informação”, reforçou Reis.

O grande diferencial do PROAGS-PR, na avaliação de Marcos Reis, está na abordagem do ciclo completo do hospital, oferecendo novas ferramentas para que os colaboradores estejam bem preparados.

“Temos uma difícil missão nos hospitais, que é se manter sustentável. E, muitas vezes, acabamos trabalhando no modo ‘apagar incêndio’. Mas, se sairmos disso e entrarmos no modo ‘planejar e executar’, o dia a dia fica mais fácil. A partir do planejamento, é possível entender quais são as causas dos problemas. Se tratar o efeito e não a causa, eles continuarão existindo. Mas a partir do momento que o gestor começa a analisar indicadores, por exemplo, ele consegue entender quais são essas causas e como tratá-las, diminuindo os eventos adversos. É claro que sempre teremos algum ‘incêndio’ dentro de um hospital; mas quanto mais eu planejo e entendo as causas, mais eu consigo controlar e ter ações preventivas para evitar que o problema consuma toda a energia do meu hospital. Devemos concentrar nossa energia em planejamento, em análise daquilo que está sendo feito”, declarou.

Os dois módulos finais do programa vão abordar o faturamento, o fluxo do prontuário e, por fim, a gestão de pessoas e a cultura institucional. Em breve, a FEMIPA vai divulgar mais informações.

Fonte: Maureen Bertol - Assessoria de Imprensa FEMIPA