Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Atendimento Médico Ambulatorial (AMA) ou Hospitais: qual procurar? Essa ainda é uma dúvida muito comum entre os brasileiros e o direcionamento incorreto é uma das grandes causas de superlotação nas unidades.

Conforme a Melissa Morais, diretora técnica da Quality Global Alliance – cocriadora da maior Aliança Global de desenvolvimento e implementação de padrões de excelência em saúde – é preciso conscientizar a população sobre isso, para que assim seja possível oferecer o melhor tratamento para cada tipo de demanda.

“Quando as pessoas vão em um local inadequado, elas acabam sobrecarregando o serviço de saúde com uma queixa que não teria aquela urgência e prejudicando quem de fato precisa de um atendimento mais rápido”, apontou.

Além de existir a possibilidade de o paciente sair do serviço frustrado e sem a sua necessidade atendida, uma vez que muitas vezes a pessoa precisa da realização de exames que não fazem parte do escopo de atendimento do pronto-socorro, por exemplo.

“A pessoa vai até lá, muitas vezes aguarda para ser atendida e acaba saindo insatisfeita: ‘poxa, nem pediu tal exame’. Mas aquele não é um exame de emergência”, explicou Melissa.

Para resolver essa situação, ela aponta apenas um caminho: a informação, no intuito de comunicar a população dos diferentes tipos de atendimentos – seja público, seja privado – trazendo reflexões sobre o que precisa realmente ser resolvido e qual é o melhor recurso a ser utilizado.

Para explicar melhor, a especialista dividiu as unidades de acordo com o nível de complexidade do atendimento. Veja melhor abaixo.

UBS

Segundo Melissa, a UBS é o espaço destinado à promoção, à saúde e à prevenção de agravos de doenças. É o local para vacinação, curativos, entrega de medicamentos, pré-natal e atendimentos de rotina. O horário de funcionamento geralmente é em horário comercial.

AMA

No estado de São Paulo, a especialista aponta a AMA como o local para atendimentos sem necessidade de agendamento: casos de febre, pressão alta, resfriado, realização de curativos ou procedimentos de baixa complexidade, sem nenhum tipo de urgência. O horário de funcionamento geralmente é em horário comercial.

UPA

Diferente das outras unidades, as UPAs funcionam 24hs por dia, sete dias por semana: “É o local em que as pessoas devem procurar, quando têm uma queixa urgente, como fraturas, infartos, AVC”, explicou a profissional. Nesses locais, o paciente passa por uma classificação de risco para receber o atendimento conforme gravidade ou ser encaminhado para um hospital quando necessário.

Hospitais

Por fim, os hospitais são aqueles espaços em que a população deve buscar,  quando há um risco iminente à vida: “Quando houver necessidade de internação, cirurgia, cuidados intensivos ou exames de maior complexidade”, exemplificou Melissa.

Na rede privada, ela explicou que também existem locais mais adequados para cada tipo de atendimento, semelhante à rede pública. Temos os consultórios e/ou clínicas, onde são feitos os acompanhamentos de rotina, de forma similar às AMAs e às UBSs. Apenas nos casos de urgência e emergência, deve-se procurar o pronto atendimento ou os prontos-socorros, respectivamente.

*Informações Assessoria de Imprensa

Fonte: Saúde Debate