Os resultados do Programa Segurança em Alta, que começou a ser implantado nos hospitais da rede assistencial do Sistema Unimed do Paraná, em 2016, foram apresentados, na tarde desta quinta-feira (14), na sala temática “Gestão da Assistência e Segurança do Paciente”, pelo coordenador da Gestão de Rede Prestadora da Unimed PR, Luiz Antonio Bonan. A iniciativa tem o propósito de contribuir com a melhoria do nível de segurança dos processos de atendimento aos pacientes. Até o final de 2018, 49 hospitais, dos quais 16 são filiados da Femipa, já haviam aderido ao programa.

Bonan explicou que o programa surgiu da necessidade de adequação às normativas que, ao longo dos anos, vêm impondo critérios mais rigorosos na questão da segurança. O grande mote do programa, segundo ele, é criar, de fato, uma “cultura de segurança dentro da saúde”.

Inicialmente, o Programa Segurança em Alta teve a parceria do Instituto de Acreditação e Gestão em Saúde (IAG Saúde). Em uma primeira fase da concepção do programa, foi realizado um diagnóstico para mostrar como era a situação nos 263 hospitais credenciados da Unimed no Paraná, identificando aqueles que já eram referência na área e os que careciam de melhorias. O projeto evoluiu até chegar ao formato atual.

O programa é dividido em três etapas. A primeira é a de “Diagnóstico e Melhoria”, que dura de 12 a 18 meses, e tem como foco identificar qual é a real situação do hospital frente à cultura de segurança e também nos aspectos de conforto. Essa etapa se inicia com uma auto-avaliação para um entendimento sobre a percepção do próprio hospital em relação a sua segurança. Um dos avaliadores do programa faz o diagnóstico com o mesmo checklist da auto-avaliação para permitir o cruzamento de informações entre a percepção do hospital e a análise técnica externa. A partir desse diagnóstico, são propostas melhorias.

“Aí que começa o trabalho árduo, de fato, que é trazer essas mudanças para dentro da rotina da instituição. A Unimed presta esse apoio técnico, ajudando a implantar e a fomentar essas melhorias”, afirmou Bonan, lembrando que os dados apurados são convertidos em indicadores, que permitam o acompanhamento constante.

A segunda etapa é a de “Qualificação”, que começa com uma nova avaliação do hospital, seguindo o mesmo parâmetro da etapa inicial para se ter um comparativo do grau de evolução. A terceira etapa é a de “Manutenção”. Os hospitais que atingem uma determinada nota – atribuída conforme o nível de maturidade em relação às práticas de segurança – chegam a essa fase final e passam a gerir seus processos de forma autônoma. Do contrário, o prestador recomeça o ciclo do programa.

De acordo com Bonan, a avaliação do Programa Segurança em Alta é bastante abrangente e envolve uma série de aspectos – aderentes a normas nacionais e internacionais – como, por exemplo, a gestão hospitalar, os processos de melhoria da qualidade e segurança do paciente, a informação do paciente, a educação e qualificação dos profissionais, o gerenciamento e uso de medicamentos, a prevenção e controle de infecções, entre outros.

Dos 49 hospitais que já aderiram ao programa, 27 estão na etapa 1 de implantação, 15 em acompanhamento e sete já qualificados. A partir do apoio técnico prestado aos hospitais, foram capacitados 1.588 profissionais, em 127 treinamentos realizados, que totalizaram 357 horas. Entre as atividades desenvolvidas, está o apoio no desenvolvimento das diretrizes estratégicas, que incluem a implantação da política de qualidade nas instituições – primeiro passo para se candidatar a processos de acreditação e certificação. “O processo de acreditação, hoje, é muito forte. Esse movimento tende a crescer ainda mais e passar a ser fundamental para que nossos hospitais se mantenham em atividade”, avaliou Bonan.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Interact Comunicação - Andréa Lombardo